"Com a proximidade das eleições, esse vozerio estridente do negacionismo social, na verdade puro oportunismo político, quer nos convencer através dessa louvação messiânica que para nos libertarmos, precisamos nos aliar aos que nos mantêm acorrentados!"
Ney Nunes
Em tempos dessa terrível pandemia que, pelos nada cofiáveis números oficiais, até aqui ceifou mais de 638 mil vidas em nosso país, popularizou-se o termo “negacionista” para caracterizar aqueles indivíduos que não aceitam as conclusões dos estudos científicos sobre o coronavírus e as vacinas desenvolvidas para combatê-lo. Mas, pelo que temos visto ultimamente, muitos daqueles que denunciam esse negacionismo relacionado às Ciências Biológicas, de forma contraditória, também praticam o negacionismo quando se trata das Ciências Sociais.
Apesar de todas as evidências, históricas, econômicas, sociológicas e políticas, de que os partidos e líderes que governam no intuito de garantir os interesses do grande empresariado, evitam a todo custo qualquer atitude que contrarie a essência desses interesses, os negacionistas das Ciências Sociais insistem numa louvação messiânica deles, como se fossem os redentores da tragédia social inerente ao capitalismo.
Com a proximidade das eleições, esse vozerio estridente do negacionismo social, na verdade puro oportunismo político, quer nos convencer através dessa louvação messiânica que para nos libertarmos, precisamos nos aliar aos que nos mantêm acorrentados! Aos explorados não restaria outra alternativa, que não seja participar do circo eleitoral burguês buscando um “mal menor”, para quem sabe, um capitalismo “civilizado” venha substituir o capitalismo “selvagem”.
Ao contrário dessa invencionice tola e desprovida de qualquer embasamento científico, a experiência concreta do proletariado, na luta para se libertar das cadeias da exploração capitalista, mostra que só conseguimos vitórias efetivas nessa luta quando nos organizamos de forma independente e revolucionária, deixando de ser classe explorada e subalterna aos interesses da burguesia, para nos constituirmos em classe dirigente, libertadora de todos os explorados e oprimidos!
Edição: Página 1917
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