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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Brasil Sem Rumo

Michel Temer confabulando com seu parceiro Sérgio Cabral
  A última pesquisa do Ibope apontou que 92% dos brasileiros não confiam em Temer e 77% rejeitam seu governo.
   Com tudo isso, esse é o presidente queridinho do mercado financeiro, dos abutres da bolsa de valores, dos parasitas que vivem dos juros da dívida interna, das quadrilhas políticas que dominam o Brasil, mas é rejeitado pela imensa maioria dos brasileiros, que não suporta mais os seus desmandos a serviço dos exploradores e corruptos.

Fora Temer e sua quadrilha de bandidos a serviço da burguesia!

Confira a última pesquisa sobre a rejeição ao presidente:

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Greve na Light, Rio de Janeiro,1988.



Esse vídeo contem uma entrevista, realizada em novembro de 1988, com o comando de greve dos trabalhadores da Light-RJ, conduzida pelo jornalista José Carlos Cataldi no programa "Rio Urgente" da TV Rio, na época canal 13. Participaram pelo comando de greve: Luiz Carlos Sixel Oliveira; Sonia Latgé; José Silvério; Luis Carlos Machado; Emídio Magno e Ney Nunes.

Além da entrevista, a parte final do vídeo inclui reportagens sobre as manifestações dos eletricitários durante essa greve.

domingo, 17 de setembro de 2017

O Velho Macacão e as Eternas Ilusões

Ney Nunes

         Um filho da classe trabalhadora que enveredou pela militância sindical e política, alcançou grande prestígio popular e chega até a presidência da república. Seu governo, em que pese a grande expectativa gerada nos meios de esquerda, se caracteriza pelo gerenciamento dos negócios do Estado burguês e por uma política de conciliação de classes facilitada por um período de crescimento da economia capitalista mundial. Devido ao sucesso dessa política, ele termina o primeiro mandato envolto em grande popularidade e consegue a reeleição. No segundo governo repetiu a fórmula conciliatória e, mais uma vez, ela foi pavimentada pela valorização das denominadas “commodities”.               

     Envolto na aura de grande estadista, promovido pelos meios de comunicação, enaltecido pelo grande empresariado, pelas multinacionais, por governantes dos países ricos e pelas instituições do capitalismo internacional, ele concluiu o segundo mandato em condições de eleger o seu sucessor, o que acabaria por conseguir, fechando um ciclo de grandes vitórias pessoais e do seu partido.


Lula discursa durante greve quando era sindicalista.


      A sua sucessora na presidência tentou trilhar o mesmo caminho, mas o pano de fundo que permitiu o sucesso anterior mostrou-se esgotado. O ciclo de crescimento econômico lastreado num período de estupenda valorização dos produtos da pauta de exportações inverteu os sinais. A crise capitalista batia à porta. A partir daí, o castelo de cartas da conciliação de classes ruiu e a ampla coalizão que sustentava o apoio político no Congresso virou pó. Começaram a surgir graves denúncias de corrupção, as facções burguesas, antes aliadas, romperam com o governo e articularam com a oposição de direita um golpe parlamentar para remover a presidente. O seu próprio vice, uma velha raposa da politicalha burguesa, se colocaria a cabeça dessa conspiração.

Então o destino daquele filho da classe trabalhadora não seria mais o mesmo. Os tempos de tranquilidade e bonança, de prestígio político, das mordomias e constantes viagens internacionais ficariam no passado. A crise econômica, parteira da crise política, não deu trégua e, como consequência, trouxe à público uma enxurrada de denúncias que atingiriam em cheio o seu governo, o da sua sucessora e até mesmo daqueles políticos que tramaram o golpe através do impechement. O outrora enaltecido estadista agora se vê num emaranhado de investigações e processos de corrupção, denunciado por empresários, altos burocratas e políticos que pouco antes eram parte da sua base de apoio.     
Lula com os parceiros Sarney e Renan

      Como sabemos, esse filho da classe trabalhadora governou com e para o grande empresariado. Há muito tempo ele trocou o macacão pelo colarinho branco, tem contas bancárias e padrão de vida de um político burguês. Ainda assim, há quem ache legítimo que empresas detentoras de contratos milionários com seu governo, paguem verdadeiras fortunas por suas palestras. Outros, mais delirantes, defendem que as negociatas denunciadas não sejam julgadas pela justiça burguesa, reivindicando que deveriam ser julgadas por um “tribunal da classe trabalhadora”.

      Só mesmo no imaginário político repleto de ilusões de certa intelectualidade pequeno-burguesa, Lula ainda veste seu velho macacão de metalúrgico.

    

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