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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Eleições Presidenciais na Argentina

Seção de Relações Internacionais do CC do Partido Comunista do México (PCM)
 21/11/2023




Durante o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, foi eleito Javier Milei, representante das forças reacionárias e anticomunistas, que nos últimos anos têm sido promovidas na Europa e na América, por exemplo, com Verastegui no México, Gloria Álvarez em Guatemala, ou o Partido VOX na Espanha. Um exemplo desses governos foi a presidência de Bolsonaro no Brasil. Em essência, é um ataque mais aberto da gestão do capital contra a força de trabalho, os sindicatos e os direitos trabalhistas; redução dos orçamentos sociais e promoção de ideias obscurantistas, retardadas e anticientíficas. Não temos dúvidas de que a classe trabalhadora e o povo argentino aumentarão a sua infelicidade, continuarão a viver no sistema de exploração, de superlucros para monopólios e pauperização, insalubridade, barbárie.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Fundada a Ação Comunista Europeia

DISCURSO INTRODUTÓRIO DO PARTIDO COMUNISTA DA GRÉCIA (KKE) NA REUNIÃO DOS PARTIDOS COMUNISTAS EM ATENAS PARA A FUNDAÇÃO DA “AÇÃO COMUNISTA EUROPEIA”

"Através do estudo da experiência histórica e do desenvolvimento coletivo de nossa visão de mundo, esclarecemos ainda que é crucial para um Partido Comunista defender a sua independência organizativa, ideológica e política, seguir firmemente o caminho revolucionário e rejeitar qualquer participação ou apoio aos governos burgueses." 

Plenária de fundação da Iniciativa Comunista Europeia

Damos-vos as boas-vindas e desejamos-vos sucesso nas lutas dos vosso partidos pelos interesses da classe operária e das camadas populares nos vossos países.

Agradecemos a manifestação de solidariedade para com o nosso Partido e as lutas do movimento operário-popular contra a política antipopular do governo da Nova Democracia, que está a ser implementada com o acordo dos partidos sociais-democratas, SYRIZA e PASOK, mas também das formações de extrema-direita e fascistas.

Agradecemos o vosso apoio ao KKE nas recentes batalhas político-eleitorais travadas pelo nosso Partido, que obtiveram resultados positivos numa correlação geral de forças negativa

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Marx, Lênin, Gramsci e a Imprensa

Altamiro Borges
29 de agosto de 2013



Diante do poder alcançado pela mídia hegemônica e das ilusões ainda existentes sobre seu papel, revisitar as ideias de intelectuais marxistas sobre o tema é de maior importância e causa surpresa por sua enorme atualidade. Marx, Lênin e Gramsci, entre outros pensadores revolucionários, sempre destacaram o papel dos meios de comunicação. Exatamente para entender a importância da luta de idéias, do fator subjetivo na transformação da sociedade, fez questão de desmascarar o que chamavam, sem meias palavras, de “imprensa burguesa” e de realçar a necessidade da construção de veículos alternativos dos trabalhadores.

domingo, 19 de novembro de 2023

Breves respostas sobre questões político-ideológicas relativas ao ataque de Israel e ao massacre na Faixa de Gaza contra o povo palestino

Artigo da Seção de Relações Internacionais do CC do Partido Comunista da Grécia (KKE)

10/11/2023


Desde as primeiras horas do ataque militar do Estado israelita e o massacre contra o Povo palestino na Faixa de Gaza, o KKE tomou uma posição de classe e de princípio ao lado do povo palestino e organizou dezenas de mobilizações solidárias. Os comunistas lideraram muitas manifestações de trabalhadores e populares em toda a Grécia.

Em Atenas, manifestantes marcharam até a embaixada israelita e também protestaram frente a embaixada dos EUA. O KKE denunciou o governo da ND e outros partidos (SYRIZA, PASOK, nacionalistas) por apoiarem Israel em nome dos interesses nacionais. Exigiu a retirada da Grécia dos planos EUA-OTAN   na região, o regresso das fragatas gregas da OTAN em missões no estrangeiro, o encerramento das bases EUA-OTAN e a implementação da decisão do parlamento grego no sentido de reconhecer o Estado palestino nas fronteiras estabelecidas antes de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Quando Jornais se Convertem em Partidos

Por Dênis de Moraes*

19/09/2020

A imprensa partidarizada a serviço do poder

Em memória de Carlos Nelson Coutinho, presente nos oito anos de ausência.


 

Nos estudos que realizo, há uma década, sobre Antonio Gramsci, a imprensa e o jornalismo, uma temática se insere entre aquelas de atualidade incontornável. O filósofo marxista italiano percebeu laços e conexões – sejam eles dissimulados, cinicamente encobertos ou mesmo assumidos – entre empresas jornalísticas (ou seja, a mídia de seu tempo: a imprensa escrita) e as esferas de poder, em distintas conjunturas históricas.

Neste texto, retomo algumas premissas e busco examinar a contribuição de Gramsci ao enquadramento de grupos empresariais que controlam os processos de produção e difusão informativas como verdadeiros partidos. Resultam daí abusivas interferências nos embates político-ideológicos e na conformação de linhas de força do imaginário coletivo, traduzidas em estratégias discursivas que se ajustam ao propósito de afirmação de valores e ideários alinhados à ordem do capital.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Os Jornais e os Operários*

Antonio Gramsci

12/1916




É a época da publicidade para as assinaturas. Os diretores e os administradores dos jornais burgueses arrumam as suas vitrines, passam uma mão de tinta pela tabuleta e chamam a atenção do passante (isto é, do leitor) para a sua mercadoria. A mercadoria é aquela folha de quatro ou seis páginas que todas as manhãs ou todas as tardes vai injetar no espírito do leitor os modos de sentir e de julgar os fatos da atualidade política que mais convém aos produtores e vendedores de papel impresso. Estamos dispostos a discorrer, com os operários especialmente, sobre a importância e a gravidade daquele ato aparentemente tão inocente que consiste em escolher o jornal que se pretende assinar?

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Milei e Massa Não São Iguais, mas Representam os Mesmos Interesses de Classe

Nota do Comitê Central do Partido Comunista Argentino (PCA)* sobre as eleições de 2023.


Onda de saques precedeu as eleições argentinas.


No domingo (22) ocorreram as eleições gerais em plena crise que atravessa o nosso país, com uma inflação mensal de 12% e uma inflação anual de 138%; mais de 20 milhões de argentinos em situação de pobreza, quase 60% de crianças pobres, ou seja, 6 em cada 10 crianças vivem na pobreza, e com 10% da nossa população em situação de extrema pobreza; com o aprofundamento do plano de ajuste levado a cabo pelo governo nacional de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa, através da criação de um novo dólar e da corrida cambial, que se traduziu em especulação financeira e no aumento da inflação; aumento no preço dos combustíveis e das necessidades básicas; etc.

Como nós do Partido Comunista Argentino já vínhamos denunciando desde o anúncio das candidaturas, o período eleitoral foi marcado por uma agenda de extrema direita, alinhada ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e aos organismos financeiros. A Embaixada dos Estados Unidos colocou “um ovo em cada cesta”, já que tanto Javier Milei, Sergio Massa ou Patricia Bullrich são personagens alinhados aos interesses monopolistas e pretendem claramente continuar apoiando o modo de produção capitalista.

As Crianças de Gaza

Patrick Howlett-Martin

10.11.23

"Por que é que as crianças também devem sofrer? Dir-se-á que elas carregam na carne os pecados dos seus pais e, portanto, são cúmplices? Alguns podem  gracejar dizendo que a criança vai crescer e pecar por sua vez, quando chegar a hora. Mas este menino de 8 anos não teve a possibilidade de crescer;  foi dilacerado por cães. Nenhuma quantidade de harmonia futura redimirá uma única lágrima derramada por esta criança mártir. Se as lágrimas das crianças são necessárias para aperfeiçoar a quantidade de sofrimento que serve de resgate para a verdade, afirmo categoricamente que não merece ser pago tal preço."

– Dostoievski, Os Irmãos Karamazov

A Faixa de Gaza foi alvo de quatro ataques israelitas desde 2009: em 2009, 2012, 2014 e 2021. Desde 2000, as forças armadas israelitas mataram 7 759 palestinos em Gaza, incluindo 1 741 crianças e 572 mulheres, de acordo com a organização humanitária israelita B'Tselem. Nesta quinta ofensiva militar israelita desde 09 de outubro de 2023, em retaliação pela morte de 1 400 israelitas, a grande maioria civis, e pelo rapto de 200 reféns, dos quais 30 crianças, por elementos armados do Hamas a partir de Gaza, morreram mais de 7 028 pessoas, incluindo 2 913 crianças e 1 709 mulheres, sob 7 000 bombas de Israel (até 26 de outubro) [Edição Página 1917: dados atualizados em 10/11 registram um total de 11 mil palestinos mortos pelos ataques israelenses.]


Em apenas 18 dias, os bombardeamentos israelitas mataram mais crianças palestinas em Gaza do que nos últimos 23 anos. Os hospitais de Gaza relataram 18 484 feridos. Quando irá acabar essa contabilidade macabra? As crianças israelitas e palestinas são responsáveis pela atual situação na Palestina? Como é que as crianças palestinianas podem ser responsáveis pela intervenção militar levada a cabo pelo braço armado do Hamas, que é brandido pelas autoridades israelitas para justificar a destruição de Gaza? Com que finalidade estas crianças estão a ser mortas? A morte de crianças palestinas em anteriores bombardeamentos e ataques israelitas em Gaza, contribuiu, de alguma forma, para preservar a segurança do Estado israelita?

Otto Ohlendorf, um dos líderes dos Einsatzgruppen [esquadrões da morte nazis], admitiu durante os Julgamentos de Nuremberga ter executado 90 000 pessoas na Ucrânia, incluindo judeus e comunistas, sem qualquer necessidade militar, não poupando crianças por medo de que elas se vingassem quando crescessem. Justificando a execução das crianças, Ohlendorf afirmou:

"Acredito que é muito fácil explicar se partirmos do fato de que essa ordem não estava apenas a tentar garantir segurança temporária, mas segurança permanente. Por essa razão, essas crianças cresceriam e, com os seus pais mortos, certamente representariam um perigo tão significativo como os seus pais" ("Die jüdischen Kinder von heute unsere Gegner von morgen seien")

terça-feira, 7 de novembro de 2023

A Nossa Revolução*

Ney Nunes

09/11/2017

             Um acontecimento que, decorrido um século, ainda provoca análises, debates e paixões ao redor do mundo, não pode de forma alguma ser desprezado, ou corre-se o risco de ficar prisioneiro da ignorância sobre o passado e da cegueira em relação ao presente e ao futuro. A Revolução Russa de 1917 nasceu das profundezas de uma crise terminal do sistema autocrático vigente na Rússia, combinada e potencializada pelas disputas interimperialistas que resultaram na Primeira Guerra Mundial. O componente mais especificamente russo dessa crise já tinha se manifestado com força na revolução derrotada de 1905, quando a tirania do regime dos Czares foi colocada em xeque pela mobilização dos camponeses e operários. Apesar da derrota da revolução, o regime dos Czares não teria longa sobrevida, os reveses militares da Rússia na guerra iniciada em 1914 e a situação miserável da maioria esmagadora do povo forneceram o combustível que reacendeu a chama que fora apagada pela repressão em 1905.


Manifestação na Rússia em 1917.

          Mas nem só de revolta popular é tecida uma revolução vitoriosa, é preciso bem mais. A indignação e a disposição das massas para lutar necessitavam de uma base sólida, essa base foi construída pela teoria marxista, pela estratégia e táticas elaboradas e levadas a prática por um disciplinado partido revolucionário que soube se ligar de forma orgânica ao proletariado russo. Esse partido nasceu da cisão no interior da social-democracia, então a corrente política majoritária no movimento operário internacional, ela se deu a partir das divergências sobre as concepções de construção e funcionamento do partido e também do posicionamento diante da Primeira Guerra Mundial. No entendimento da maioria da sua direção, o partido russo não deveria ficar limitado as disputas eleitorais e as lutas por reformas no interior do capitalismo, pelo contrário, compartilhavam a compreensão de que a violência da ditadura do capital só poderia ser derrotada por um partido centralizado e inserido em todas as lutas do proletariado, preparado para operar nas mais difíceis condições. Iniciada a guerra, Lenin e seus camaradas denunciaram o oportunismo da social-democracia que capitulava diante das suas burguesias nacionais, ao apoiar no parlamento créditos para sustentar a guerra interimperialista.

domingo, 5 de novembro de 2023

Israel é uma Força de Ocupação Militar

Ney Nunes

05/11/2023


Soldado israelense agride palestino durante protesto na  Cisjordânia, 20/10/2022.
 Crédito: EFE/ABED AL HASHL AMOUN


Há 75 anos, Israel se constituiu como força invasora e de ocupação militar sobre o território palestino, fundamentada pela ideologia sionista e graças ao respaldo político, econômico e militar que recebe dos Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra.

Os apoiadores da ocupação na Palestina e das barbaridades ali cometidas tentam, de forma cínica, confundir sionismo com judaísmo. Quando sabemos que judaísmo é uma religião milenar com todo o direito de existir, da mesma forma que o catolicismo, budismo, islamismo e outras. Já o sionismo, não passa de uma ideologia política burguesa elaborada para legitimar a expulsão dos palestinos das suas terras, objetivando  a construção de um Estado racista no território ocupado.

A Perseguição Política em Curso na Ucrânia e na Rússia é Inaceitável

Eurodeputados do Partido Comunista da Grécia (KKE)

COMUNICADO DE IMPRENSA - 02/11/2023

 

Deputados do KKE no Parlamento Europeu

As 88 semanas em que decorre a “fase quente” do conflito imperialista nos territórios da Ucrânia, levaram a grandes perdas de civis e soldados em ambos os lados do conflito, para os lucros dos capitalistas; um conflito que está sendo travado pelos interesses das classes burguesas da Ucrânia e da Rússia, e no qual estão envolvidos os EUA, a OTAN, a UE, bem como a China e outros.

A intenção clara da liderança política de ambos os lados é impor uma submissão completa das forças políticas aos objetivos da burguesia, em nome da “defesa da pátria”. Assim, entre as vítimas da guerra imperialista estão aquelas forças e atores políticos que, de uma forma ou de outra, se opuseram ao derramamento de sangue dos dois povos.

O KKE denuncia a dura perseguição política que foi imposta em ambos os países contra os comunistas, socialistas e outras forças de esquerda que ousaram questionar as decisões dos governos burgueses.

Independentemente das suas opiniões, expressamos a nossa solidariedade a Maxim Goldarb, chefe do partido “União das Forças de Esquerda – Por um Novo Socialismo” na Ucrânia, bem como ao escritor e jornalista socialdemocrata russo Boris Kagarlitsky, ambos sendo perseguidos pelas autoridades repressivas dos seus países com base em acusações forjadas e inaceitáveis.

Exigimos o fim da sua perseguição e o levantamento de todas as restrições e proibições políticas impostas em ambos os países desde o início da guerra imperialista.

Não estamos do lado dos imperialistas, estamos do lado dos povos!


Fonte: https://inter.kke.gr/en/articles/The-ongoing-political-persecution-in-Ukraine-and-Russia-is-unacceptable/   


Edição: Página 1917

 



 

Israel e EUA aprofundam o massacre ao povo palestino

Não devemos ter dúvidas de que o lado das classes trabalhadoras nesse conflito é o lado da resistência palestina contra a ocupação israelense.

Gaza destruída pelos bombardeios do Estado terrorista israelense.


Cem Flores

03.11.2023


UM CONFLITO QUE NÃO COMEÇOU COM OS ATAQUES DE 7 DE OUTUBRO


Como toda a mídia tem noticiado, o conflito entre Israel e Palestina está vivendo mais um período extremamente violento. Segundo essa mesma mídia e o governo de Israel, tudo começou quando, no dia 7 de outubro, diversas forças de resistência palestinas realizaram ataques militares com milhares de foguetes e rompimento de cercos contra esse país. Uma ação militar que, ao longo desse conflito de mais de 75 anos, atingiu profundamente o sionismo israelense instaurando o pânico nas forças de dominação.

Parece assim que os/as palestinos/as são terroristas, que escolheram a violência por livre e espontânea vontade; que seu objetivo é atacar civis inocentes etc. Mas isso é uma distorção ideológica da verdade que os opressores sempre fazem para difamar a resistência dos oprimidos. Quando uma população da periferia do Brasil se revolta com as frequentes chacinas da polícia, a televisão sempre acusa a população pobre de baderneira, quando não bandida ou coisa pior. A mesma coisa acontece com a luta palestina!

O 7 de outubro foi uma reação dos/as palestinos/as contra a violência contínua que seu povo sofre nas mãos de Israel. Há décadas os/as palestinos/as são removidos/as de suas terras, vivem em verdadeiras prisões a céu aberto e são presos/as, torturados/as e mortos/as aos milhares. Toda tentativa de acordo de paz foi rompida por Israel nos últimos anos, levando os/as palestinos/as a resistir como podem.

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