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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Fora Pezão, Picciani e Seus Comparsas

Só um ainda está a solta.
Quem é contra o crime organizado que governa o Rio de Janeiro deve comparecer nesta sexta-feira, 17/11, 14 hs, em frente a ALERJ.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A Nossa Revolução.

Ney Nunes
Novembro de 2017

             Um acontecimento que, decorrido um século, ainda provoca análises, debates e paixões ao redor do mundo, não pode de forma alguma ser desprezado, ou corre-se o risco de ficar prisioneiro da ignorância sobre o passado e da cegueira em relação ao presente e ao futuro. A Revolução Russa de 1917 nasceu das profundezas de uma crise terminal do sistema autocrático vigente na Rússia, combinada e potencializada pelas disputas interimperialistas que resultaram na Primeira Guerra Mundial. O componente mais especificamente russo dessa crise já tinha se manifestado com força na revolução derrotada de 1905, quando a tirania do regime dos Czares foi colocada em xeque pela mobilização dos camponeses e operários. Apesar da derrota da revolução, o regime dos Czares não teria longa sobrevida, os reveses militares da Rússia na guerra iniciada em 1914 e a situação miserável da maioria esmagadora do povo forneceram o combustível que reacendeu a chama que fora apagada pela repressão em 1905.


Manifestação na Rússia em 1917.

          Mas nem só de revolta popular é tecida uma revolução vitoriosa, é preciso bem mais. A indignação e a disposição das massas para lutar necessitavam de uma base sólida, essa base foi construída pela teoria marxista, pela estratégia e táticas elaboradas e levadas a prática por um disciplinado partido revolucionário que soube se ligar de forma orgânica ao proletariado russo. Esse partido nasceu da cisão no interior da social-democracia, então a corrente política majoritária no movimento operário internacional, ela se deu a partir das divergências sobre as concepções de construção e funcionamento do partido e também do posicionamento diante da Primeira Guerra Mundial. No entendimento da maioria da sua direção, o partido russo não deveria ficar limitado as disputas eleitorais e as lutas por reformas no interior do capitalismo, pelo contrário, compartilhavam a compreensão de que a violência da ditadura do capital só poderia ser derrotada por um partido centralizado e inserido em todas as lutas do proletariado, preparado para operar nas mais difíceis condições. Iniciada a guerra, Lenin e seus camaradas denunciaram o oportunismo da social-democracia que capitulava diante das suas burguesias nacionais, ao apoiar no parlamento créditos para sustentar a guerra interimperialista.

     A política bolchevique foi decisiva para que a revolução democrática de fevereiro avançasse em direção à revolução socialista de outubro. O desafio ao governo de conciliação de classes de Kerensky e ao regime democrático burguês não fazia parte do receituário das correntes reformistas. Sob o lema de Paz, Pão e Terra o partido bolchevique soube articular as mobilizações de massa com a devida preparação militar para a tomada do poder.

     A revolução que despertou temor e ódio entre as burguesias ao redor do mundo, ao mesmo tempo, trouxe esperança para as massas exploradas. Mas não tardaria em receber um duro contragolpe dessas burguesias em apoio aos latifundiários e capitalistas russos: a sangrenta guerra civil de 1918−1920 tratou-se, na verdade, de uma abominável intervenção imperialista, liderada por Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão contra o governo operário-camponês instaurado pela revolução socialista vitoriosa em 1917.


Comitê Central do Partido Bolchevique em 1917

     O comando da insurreição que derrubou o governo provisório e defendeu a revolução contra a intervenção estrangeira, o terrorismo e a sabotagem, garantindo a sua sobrevivência mesmo após o refluxo da situação revolucionária na Europa, em especial com a derrota da revolução alemã de 1919, foi obra de um partido dirigido por um coletivo de revolucionários que se mostrou a altura das gigantescas tarefas que estavam a sua frente. O papel histórico desse verdadeiro estado-maior da revolução, formado, entre outros, por: Lenin, Trotsky, Bukharin, Zinoviev, Kamenev, Smirnov, Tomsky, Sverdlov, Rykov, Piatakov, Rakovsky, Kollontai, Krupskaia, Stalin, Smilga, Sokolnikov, Rudztak, Krestinski, Radek, Serebriakov, Ryutin, Preobrazhenski, Rosengoltz, Boguslavski, não pôde ser apagado, em que pese as tentativas grotescas levadas a cabo durante o período do grande retrocesso político consolidado na URSS a partir de 1930 e que teria o seu capítulo final em 1991 com a desintegração da União Soviética concluindo a restauração capitalista. Muitos dos integrantes desse estado-maior revolucionário pagaram com a própria vida pela sua fidelidade às bandeiras da revolução socialista. Eles são nossos mestres inspiradores. Nada foi em vão, o legado deles e da Revolução de 1917 são, ainda hoje, um patrimônio valioso para a classe trabalhadora e as massas exploradas pelo capitalismo em todo o mundo.



O que não aprendemos com a Revolução Russa


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