Índice de Seções

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Bendine Preso

    Será que após a prisão dessa "cobra" o MPF e a PF irão, finalmente, investigar a compra do banco Votorantim, negociata que rendeu quatro bilhões para a família Ermírio de Moraes e um prejuízo de mais de um bilhão para o Banco do Brasil?


Aldemir Bendine, o outrora queridinho do mercado.

    A sua trajetória no BB foi marcada, além da compra do banco falido da família Ermírio de Moraes, pelas associações com o Bradesco, incremento das terceirizações, perseguição aos funcionários que participaram de greves e desmonte das áreas meio. Tudo isso era motivo de fartos elogios na mídia burguesa, já que abriam caminho para a privatização.



terça-feira, 18 de julho de 2017

As Reformas Enterram o Pacto Social

                                                                                                                                            Ney Nunes*

    A reforma trabalhista do governo Temer aprovada na Câmara e no Senado, assim como, a pretendida reforma da previdência, não são fatos isolados no mundo capitalista contemporâneo. Projetos similares vêm sendo propostos e aplicados em diversos outros países. Apesar do movimento de resistência dos trabalhadores, através de greves e manifestações contra estas medidas que reduzem ou retiram direitos duramente conquistados ao longo do século XX, a verdade é que elas estão sendo implementadas.


Manifestação durante a Greve Geral na França
      
     O pano de fundo dessas reformas é a profunda crise estrutural do capitalismo em sua fase ultra imperialista, na qual observamos uma concentração de riquezas e centralização do capital jamais vista na história mundial, ao mesmo tempo, o Estado opera como um mero gerente subordinado aos interesses financeiros das megacorporações globais, independente do regime político burguês que está em vigor em cada país.

     O significado fundamental dessas reformas, inseridas na crise estrutural capitalista, é não ser mais possível ao capital retomar um efetivo crescimento da taxa de lucro exclusivamente através dos seus mecanismos tradicionais, como, por exemplo: inflação, desemprego, rotatividade da mão de obra, transferência de empresas para regiões ou países com custos menores, etc. Para retomar a acumulação de capital se fez necessário romper o pacto social, o qual, mesmo com grandes diferenciações, foi estabelecido em praticamente todo o mundo capitalista. Pacto este, que de forma geral, garantia direitos sociais mínimos à classe trabalhadora.

     Os partidos e sindicatos que, ao longo da vigência desse pacto social capturavam a representação dos trabalhadores, estão aturdidos com a virulência dos ataques. Todo o seu discurso e programa no sentido de pequenos ajustes no sistema para manter funcionando o pacto, ou seja, manter a massa trabalhadora subalterna, sendo explorada em troca de garantias mínimas, perdeu credibilidade. O pacto, defendido e muitas vezes gerenciado pelos reformistas, agora foi rasgado pela burguesia em nome da retomada dos seus lucros.

     Esse quadro indica uma virada histórica, ou seja, que a época favorável para as forças políticas fundamentadas na conciliação de classes está terminando. A burguesia, essa “ingrata”, se inclina a dispensar o serviço desses velhos conciliadores, seus lacaios, especialistas em manter o proletariado com esperanças na obtenção de progresso, justiça e paz na vigência do capitalismo. A alternativa burguesa diante da crise estrutural é impor as medidas que entendem como necessárias, de forma rápida e profunda, mesmo que para isso sejam obrigados a se despir da capa democrática e assumir a sua verdadeira face: uma ditadura dos ricos e exploradores contra o povo trabalhador.


*Bancário aposentado, dirigente do PCB.

Socialismo na URSS - José Paulo Netto

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Pensamento Comunista

"Na época de ascensão e florescimento do capitalismo, a pequena burguesia, apesar de fortes acessos de descontentamento, quase sempre caminhou obediente na esteira do capitalismo. E não restava outra coisa a fazer. Mas, nas condições de decomposição capitalista e da situação econômica sem saída, a pequena burguesia tenta, procura, experimenta livrar-se dos grilhões dos velhos senhores e dirigentes da sociedade. Ela é perfeitamente capaz de prender seu destino ao do proletariado. Para isso, basta uma coisa: a pequena burguesia ter confiança na capacidade de o proletariado dar à sociedade um novo rumo. O proletariado só pode inspirar-lhe essa confiança por sua própria força, pela segurança de suas ações, pela destreza de sua ofensiva contra contra o inimigo, pelo êxito de sua política revolucionária.


      Mas, ai, se o partido revolucionário não se mostra à altura da situação! A luta cotidiana agrava a instabilidade da sociedade burguesa. As pertubações políticas e as greves pioram a situação econômica do país. A pequena burguesia estaria disposta a conformar-se passageiramente com as crescentes privações, se chegasse, pela experiência, a convicção de que o proletariado é capaz de guiá-la por uma nova senda. Mas continue o partido revolucionário a mostrar-se, sempre, apesar da intensificação ininterrupta da luta de classes, incapaz de reunir em torno de si a classe operária, vacile, desoriente-se, contradiga-se: então a pequena burguesia perde a paciência e principia a ver nos trabalhadores revolucionários os fatores de sua própria miséria. Todos os partidos burgueses, inclusive também a social democracia, impelem seus pensamentos nesta direção. E é quando a crise começa a adquirir uma intensidade insuportável é que entra em cena um partido especial, cujo objetivo é trazer a pequena-burguesia a um ponto candente e a dirigir seu ódio e seu desespero contra o proletariado. Esta função histórica desempenha hoje na Alemanha o nacional-socialismo, uma ampla corrente, cuja ideologia se compõe de todas as exalações pútridas da sociedade burguesa em decomposição." 

Burguesia, Pequena-burguesia e Proletariado (Trotsky)



quinta-feira, 13 de julho de 2017

Reforma Trabalhista: violento ataque do capital contra os trabalhadores e a juventude

Reforma Trabalhista: violento ataque do capital contra os trabalhadores e a juventude: A hora é de luta, organização e mobilização! O maior atentado aos direitos trabalhistas acaba de ser celebrado pelo Congresso. O Senado Federal aprovou, por 50 votos a favor e 26 contrários, o text…

sábado, 8 de julho de 2017

Uma Crise e Duas Armadilhas

           Diante da crise do seu regime político, acossado pela exposição das suas entranhas, as facções burguesas articulam uma saída que permita a continuidade da sua dominação sobre as demais classes sociais. Enquanto um setor defende a saída do combalido Michel Temer e sua substituição pelo inexpressivo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um segundo bloco burguês finca o pé na manutenção do presidente até o final do seu mandato. As duas saídas da crise política, são, na verdade, duas armadilhas armadas pela burguesia para aprisionar a maioria do povo sob seu domínio.



      A divisão se expressa até mesmo no interior do oligopólio midiático, com a Globo e a Veja liderando o bloco do “Fora Temer”, enquanto o Estadão, SBT, Record e Band estão na vanguarda do “Fica Temer”. Os dois blocos têm algo em comum, estão empenhados em garantir a aprovação das reformas trabalhista e da previdência para reforçar os ganhos do grande empresariado e do sistema financeiro. É irrelevante se os seus representantes estão imersos em crimes de corrupção, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, etc., no momento, a prioridade é se assenhorar do governo e garantir as medidas que vão prejudicar a imensa maioria do povo trabalhador.



          Pouco importa também para os dois blocos dominantes a situação de crise social em que o país está mergulhado. O desemprego de milhões de trabalhadores, a falência dos serviços públicos e a desmedida violência urbana são consequências que não incomodam nem um pouco a essa camada privilegiada de exploradores burgueses. Sua preocupação é bem outra, pretendem resolver a crise política antes que a insatisfação popular se traduza em efetiva organização e mobilização contra o seu domínio de classe.

     Já para o povo trabalhador que sustenta todo esse conjunto de parasitas sociais, ricaços, altos burocratas e políticos de aluguel, a alternativa passa pela superação da desorientação política instalada após o fracasso de mais de uma década e meia dos governos de conciliação de classes da dupla PT - PC do B. Sabemos que não são tarefas fáceis de superar, tanto o desencanto com essa falsa esquerda, assim como, escapar das armadilhas políticas preparadas pela classe dominante. O certo é que as duas tarefas são urgentes e necessárias.


sexta-feira, 7 de julho de 2017

Bandidos Com o Dedo no Gatilho

     O covil dos corruptos de aluguel da burguesia agendou a votação da reforma trabalhista para o dia 11/07. Essa reunião de bandidos  prepara um tiro mortal nos direitos trabalhistas, legislação conquistada através de muitas lutas da classe trabalhadora ao longo do século passado. Se aprovada a reforma, o campo vai ficar livre para que as grandes empresas reduzam os custos com pessoal, fazendo valer o seu poder de pressão sobre um sindicalismo cada vez mais dócil e enfraquecido.

                                            
      Um governo e um congresso completamente desmoralizados não podem ter as mãos livres para cometerem mais esse crime contra o povo trabalhador. Ainda é tempo de a maioria insatisfeita fazer valer os seus direitos, transformando descontentamento em ação organizada. Somente um verdadeiro levante popular nos dias 10 e 11 de julho será capaz de deter esse banditismo a serviço dos exploradores.
     
   
     

terça-feira, 4 de julho de 2017

Pensamento Comunista

    


     "A ditadura do proletariado significa a direção da política pelo proletariado. Este, como classe dirigente, dominante, deve saber dirigir a política de tal modo que resolva, em primeiro lugar, a tarefa mais urgente, a mais “candente”. Atualmente, o mais inadiável são as medidas capazes de elevar imediatamente as forças produtivas da economia camponesa. Somente mediante isto é que poderemos conseguir melhorar também a situação dos operários, consolidar a aliança  dos operários com os camponeses e fortalecer a ditadura do proletariado. Todo proletário ou representante do proletariado que pretendesse, mediante outro procedimento que não este, melhorar a situação dos operários, terminaria, na realidade, como cúmplice dos guardas-brancos e dos capitalistas; tomar outro caminho diferente significa colocar os interesses corporativistas dos operários acima dos interesses de classe; significa, pois, sacrificar em troca do aproveitamento de vantagens imediatas, parciais e momentâneas, os interesses de toda a classe operária, de sua ditadura, de sua aliança com os camponeses contra os latifundiários capitalistas, de seu papel dirigente na luta para libertar o trabalho do jugo do capital."

          Lenin:  Sobre o Imposto em Espécie
                                O significado da Nova Política Econômica e suas condições (maio/1922)

Programa Pensamento Crítico: Estado, Política e Conjuntura Brasileira (E31)

Caro leitor, ajude a divulgar o Página 1917, compartilhe nossas publicações nas suas redes sociais.