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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Eficácia Comprovada

     A democracia burguesa comprova toda a sua eficácia ao renovar, a cada eleição, a expectativa do povo trabalhador em melhorar as condições de vida sem debelar a causa maior das suas mazelas: o capitalismo.

Ney Nunes

sábado, 15 de setembro de 2018

O Voto Inútil no Mal Menor


     Em toda eleição burguesa ele aparece, às vezes tímido, envergonhado e só no segundo turno, em outras, chega apavorado, aos berros, já no primeiro. Dessa vez, estão gritando logo no primeiro turno: “o perigo é iminente, vamos nos defender votando no mal menor” e, pelo jeito, seja ele quem for. Reconheçamos, tem “mal menor” para todos os gostos e estômagos.

     Essa estratégia vem sendo posta em prática faz muito tempo, os resultados são palpáveis, o principal deles é a desmoralização e enfraquecimento de qualquer alternativa política independente da classe trabalhadora frente à hecatombe capitalista. O voto inútil no mal menor não impediu a continuidade e o avanço do sistema de exploração sobre o povo trabalhador, a restrição das liberdades democráticas e a aproximação da barbárie.
      Os “bem intencionados” acometidos pelo complexo de subalternidade, que me desculpem, mas passar a vida apostando em soluções vindas dos que nos pisoteiam e daqueles que colaboram com os exploradores, nunca contribuiu positivamente com a luta pela emancipação da classe trabalhadora, muito pelo contrário, essa estratégia só nos reservou derrotas.
     
Ney Nunes

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Míseros Farsantes

Ney Nunes

07/09/2018


        

         Hoje, sete de setembro, celebramos a independência do Brasil. Uma independência que jamais se completou e, pelo contrário, vem retroagindo nas últimas décadas sob a hegemonia neoliberal. Um dos aspectos mais gritantes dessa involução, nós podemos observar pela mudança ocorrida em nossa pauta de exportações nos últimos trinta anos. Nesse período a economia brasileira foi sendo reconfigurada, o país voltou a ser grande produtor/exportador de commodities agrícolas e minerais e, ao mesmo tempo, aumentou o peso da importação de bens manufaturados, serviços e tecnologia. Cabe, então, a pergunta: o que fizeram e estão fazendo os ditos "patriotas" diante desse processo de recolonização do país? Pelo visto, nada, ou pior, desfilam com a camisa da seleção brasileira de futebol e batem continência para a bandeira norte-americana.

   Como consequência dessa recolonização, aprofunda-se a nossa subalternidade política, econômica e tecnológica diante das potências imperialistas. O grande risco que corremos, por sermos um país de dimensões continentais com mais de duzentos milhões de habitantes, em sua grande maioria concentrados nos grandes centros urbanos, é o de sofrermos uma aceleração violenta da decadência social provocada pelo desemprego crônico e massivo. Uma situação tão explosiva que poderá se tornar uma ameaça, inclusive, a nossa integridade territorial. A classe dominante brasileira faz muito tempo que abandonou qualquer resquício de projeto nacional, portanto, está nas mãos do proletariado a tarefa de libertar o Brasil da recolonização e instituir uma verdadeira independência econômica e soberania política.

    Estes que se autodenominam "patriotas", mas não se dispõem a combater essa dinâmica de subordinação aos ditames do imperialismo, na verdade, não passam de míseros farsantes, são traidores da nação brasileira adornados de verde-amarelo.

Edição: Página 1917

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