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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Míseros Farsantes

Ney Nunes

07/09/2018


        

         Hoje, sete de setembro, celebramos a independência do Brasil. Uma independência que jamais se completou e, pelo contrário, vem retroagindo nas últimas décadas sob a hegemonia neoliberal. Um dos aspectos mais gritantes dessa involução, nós podemos observar pela mudança ocorrida em nossa pauta de exportações nos últimos trinta anos. Nesse período a economia brasileira foi sendo reconfigurada, o país voltou a ser grande produtor/exportador de commodities agrícolas e minerais e, ao mesmo tempo, aumentou o peso da importação de bens manufaturados, serviços e tecnologia. Cabe, então, a pergunta: o que fizeram e estão fazendo os ditos "patriotas" diante desse processo de recolonização do país? Pelo visto, nada, ou pior, desfilam com a camisa da seleção brasileira de futebol e batem continência para a bandeira norte-americana.

   Como consequência dessa recolonização, aprofunda-se a nossa subalternidade política, econômica e tecnológica diante das potências imperialistas. O grande risco que corremos, por sermos um país de dimensões continentais com mais de duzentos milhões de habitantes, em sua grande maioria concentrados nos grandes centros urbanos, é o de sofrermos uma aceleração violenta da decadência social provocada pelo desemprego crônico e massivo. Uma situação tão explosiva que poderá se tornar uma ameaça, inclusive, a nossa integridade territorial. A classe dominante brasileira faz muito tempo que abandonou qualquer resquício de projeto nacional, portanto, está nas mãos do proletariado a tarefa de libertar o Brasil da recolonização e instituir uma verdadeira independência econômica e soberania política.

    Estes que se autodenominam "patriotas", mas não se dispõem a combater essa dinâmica de subordinação aos ditames do imperialismo, na verdade, não passam de míseros farsantes, são traidores da nação brasileira adornados de verde-amarelo.

Edição: Página 1917

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