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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

É JUSTA A IRA POPULAR


Ney Nunes


       A magnitude da crise brasileira parece que está atordoando muitas cabeças pensantes, principalmente, algumas que se reivindicam de esquerda e, até mesmo, comunistas. Entre outras novidades desse período turbulento, estamos vendo grandes empresários e políticos sendo investigados, após décadas de quase total impunidade, muitos deles processados e alguns até mesmo sendo presos por crimes de corrupção. Tudo isso feito sob o mesmo arcabouço legal que, até então, fora utilizado para protegê-los.

     Assustados diante da aprovação dos populares, que se regozijam pela prisão dos figurões, sabidamente saqueadores dos recursos públicos, essas ditas cabeças pensantes começam a passar reprimendas naqueles que reagem positivamente a cada nova investida do aparelho repressivo burguês contra os elementos da sua própria classe burguesa ou dos seus serviçais políticos. Eles chegam ao ponto de considerar um “espetáculo de sadismo” a prisão, por exemplo, do senhor Paulo Maluf, por ele contar mais de oitenta anos e alegar estar doente. O curioso é que quando recentemente compareceu à Câmara dos Deputados para votar pela não investigação do seu comparsa Michel Temer, o deputado Maluf, muito sorridente, parecia esbanjar saúde.

Maluf na CCJ da Câmara, em outrubro de 2017.
     
     Será que desconhecem que os canalhas e criminosos também envelhecem? O Maluf, esse pobre octogenário, é um político burguês que fez fortuna sob a ditadura empresarial-militar instaurada com o golpe de 64, da qual foi um apoiador entusiasta. A forma como este senhor fez fortuna é conhecida faz muito tempo, mas a justiça burguesa levou mais de vinte anos para reconhecer apenas parte dos seus crimes e determinar a sua prisão. Se algum reparo pode ser feito na justa alegria popular pela condenação e encarceramento desses meliantes da classe burguesa, deveria ser para alertar de que são processos injustos no sentido de que não vão fundo na reparação dos crimes cometidos. E não poderia ser de outra forma, porque esses criminosos estão sendo julgados pelos seus pares da classe exploradora, da burguesia. Seus bens e dos seus laranjas não são todos expropriados, as penas de prisão são muito leves quando comparadas as que são aplicadas aos criminosos comuns, os denominados ladrões “pés de chinelo”. Quando, na verdade, deveriam ser penas muito maiores, porque os bilhões que eles subtraíram aos cofres públicos, já esvaziados pela gestão capitalista, provocaram carências em serviços essenciais para a população mais necessitada, cujas consequências, muitas vezes fatais, estão estampadas nos noticiários todos os dias.

Maluf ao ser preso, dezembro/2017.
     
      Ao invés de tentar aplacar a justa ira popular contra essas figuras nefastas, o papel dos revolucionários é esclarecer que ainda é pouco, muito pouco. Precisamos dizer que o sistema não faz justiça porque é um sistema de exploração, antidemocrático, onde uma minoria de burgueses determina as regras do jogo. Esclarecer que as prisões atuais só estão acontecendo, por conta da crise política e da divisão entre as frações burguesas, refletidas inclusive no judiciário, caso contrário, esses denominados “criminosos do colarinho branco” continuariam totalmente acobertados, como estiveram todos esses anos. Reafirmar a necessidade da instauração de um novo poder, o poder do povo trabalhador, poder popular, constituído a partir da organização e da luta contra o governo dos grandes empresários e banqueiros.

     Será que as piedosas cabeças pensantes ficariam indignadas diante das prisões, recentemente ocorridas na Alemanha, de alguns ex-oficiais nazistas condenados por crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial? Considerariam um “espetáculo de sadismo” a prisão desses “bons velhinhos”? 


Oskar Groening, 94 anos, ex-guarda da SS, condenado na Alemanha.
     
     O que de pior pode acontecer a um revolucionário, um comunista, é se confundir com a ladainha liberal, reformista, pequeno-burguesa, daqueles que ficam assustados diante da justa ira das massas exploradas, cansadas de tanta injustiça e opressão.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Saudades do Futebol


     Muitos nem sabem que sou torcedor do Tricolor das Laranjeiras, pouco falo e quase nunca escrevo sobre futebol, exceção feita para algumas gozações inevitáveis nas conversas entre amigos. Fiquei mais de vinte anos sem pisar no Maracanã, retornei lá esse ano para assistir a uma partida do brasileirão, por sinal, uma exibição medíocre do meu time. O antigo “Templo do Futebol”, outrora maior estádio do mundo, estava muito mudado. Não reencontrei aquela enorme arena com capacidade de abrigar duzentas mil almas, em que pese o desconforto para os frequentadores da geral e das arquibancadas. Estava agora diante de um pequeno estádio, mais confortável e com boa visibilidade do campo, se bem que acanhado perto do antigo gigante.
 
O Maracanã em dia de FlaFlu (antes das reformas superfaturadas)
      Mas os motivos desse meu afastamento do estádio que desde muito pequeno, levado pelas mãos do meu saudoso pai, me acostumei a frequentar e onde fui contaminado por essa paixão pelo futebol, não estão ligados às obras de reforma do Maracanã, diga-se de passagem, todas elas superfaturadas pelos governantes bandidos. Na verdade, foram duas outras razões que me levaram a esse distanciamento, não só do velho estádio, mas também do próprio futebol.

     A primeira tem a ver com a percepção de que o futebol sofreu uma brutal transformação entre os anos sessenta e noventa do século passado, acabando totalmente engolido pelo sistema, virando muito mais um “negócio” do que um “esporte”. Acabara-se o tempo onde os jogadores eram formados e permaneciam nos seus clubes, onde verdadeiras escolas ou academias de futebol aprimoravam seus estilos, onde uma verdadeira identidade entre torcedores e seus ídolos era construída ao longo de anos. Prevalece agora o transitório, os valores exorbitantes, os interesses escusos, os jogadores por temporada, os times e estilos de se jogar futebol pasteurizados.

     A segunda motivação veio com essa execrável penetração da violência urbana no mundo do futebol. Grupos, na maioria das vezes estimulados e financiados por dirigentes desses clubes empresas, foram se adensando e levando para os estádios e seus entorno a prática do confronto e da agressão, transformando simples adversários em inimigos mortais. As frustrações sociais fomentadas pela crise crônica em que vivemos encontraram aí um perfeito canal de expressão.

  A gota d’água foi quando, lá pelo início dos anos noventa, saíamos do Maracanã, eu e meu compadre, acompanhados dos nossos respectivos filhos, então contando dez ou onze anos de idade, ao final de um jogo entre Fluminense e Vasco. Nós voltávamos para casa quando fomos surpreendidos por um bando de jovens covardes que tentou nos agredir, simplesmente porque nossos filhos vestiam camisas do fluminense. Por pouco não aconteceu uma tragédia, como tantas outras sucedidas ao início, durante e no final dos jogos. Nesse dia resolvi colocar um ponto final na minha relação com o “maraca”. Percebi que não podia fazer como o meu pai, não era mais seguro levar meu filho ao estádio para ver o futebol.

     Passado esse tempo, vejo que a violência se expandiu, contaminando até mesmo as relações de amizade, quando gozações passam rapidamente para as ofensas e xingamentos, provocando divisões artificiais entre aqueles que deveriam estar cada vez mais unidos para enfrentar a verdadeira hecatombe social em que estamos mergulhados por conta da degeneração acelerada desse capitalismo, o sistema econômico que transformou o nosso querido futebol em um mero negócio.      
  

Ney Nunes

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Fora Pezão, Picciani e Seus Comparsas

Só um ainda está a solta.
Quem é contra o crime organizado que governa o Rio de Janeiro deve comparecer nesta sexta-feira, 17/11, 14 hs, em frente a ALERJ.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A Nossa Revolução.

Ney Nunes
Novembro de 2017

             Um acontecimento que, decorrido um século, ainda provoca análises, debates e paixões ao redor do mundo, não pode de forma alguma ser desprezado, ou corre-se o risco de ficar prisioneiro da ignorância sobre o passado e da cegueira em relação ao presente e ao futuro. A Revolução Russa de 1917 nasceu das profundezas de uma crise terminal do sistema autocrático vigente na Rússia, combinada e potencializada pelas disputas interimperialistas que resultaram na Primeira Guerra Mundial. O componente mais especificamente russo dessa crise já tinha se manifestado com força na revolução derrotada de 1905, quando a tirania do regime dos Czares foi colocada em xeque pela mobilização dos camponeses e operários. Apesar da derrota da revolução, o regime dos Czares não teria longa sobrevida, os reveses militares da Rússia na guerra iniciada em 1914 e a situação miserável da maioria esmagadora do povo forneceram o combustível que reacendeu a chama que fora apagada pela repressão em 1905.


Manifestação na Rússia em 1917.

          Mas nem só de revolta popular é tecida uma revolução vitoriosa, é preciso bem mais. A indignação e a disposição das massas para lutar necessitavam de uma base sólida, essa base foi construída pela teoria marxista, pela estratégia e táticas elaboradas e levadas a prática por um disciplinado partido revolucionário que soube se ligar de forma orgânica ao proletariado russo. Esse partido nasceu da cisão no interior da social-democracia, então a corrente política majoritária no movimento operário internacional, ela se deu a partir das divergências sobre as concepções de construção e funcionamento do partido e também do posicionamento diante da Primeira Guerra Mundial. No entendimento da maioria da sua direção, o partido russo não deveria ficar limitado as disputas eleitorais e as lutas por reformas no interior do capitalismo, pelo contrário, compartilhavam a compreensão de que a violência da ditadura do capital só poderia ser derrotada por um partido centralizado e inserido em todas as lutas do proletariado, preparado para operar nas mais difíceis condições. Iniciada a guerra, Lenin e seus camaradas denunciaram o oportunismo da social-democracia que capitulava diante das suas burguesias nacionais, ao apoiar no parlamento créditos para sustentar a guerra interimperialista.

     A política bolchevique foi decisiva para que a revolução democrática de fevereiro avançasse em direção à revolução socialista de outubro. O desafio ao governo de conciliação de classes de Kerensky e ao regime democrático burguês não fazia parte do receituário das correntes reformistas. Sob o lema de Paz, Pão e Terra o partido bolchevique soube articular as mobilizações de massa com a devida preparação militar para a tomada do poder.

     A revolução que despertou temor e ódio entre as burguesias ao redor do mundo, ao mesmo tempo, trouxe esperança para as massas exploradas. Mas não tardaria em receber um duro contragolpe dessas burguesias em apoio aos latifundiários e capitalistas russos: a sangrenta guerra civil de 1918−1920 tratou-se, na verdade, de uma abominável intervenção imperialista, liderada por Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão contra o governo operário-camponês instaurado pela revolução socialista vitoriosa em 1917.


Comitê Central do Partido Bolchevique em 1917

     O comando da insurreição que derrubou o governo provisório e defendeu a revolução contra a intervenção estrangeira, o terrorismo e a sabotagem, garantindo a sua sobrevivência mesmo após o refluxo da situação revolucionária na Europa, em especial com a derrota da revolução alemã de 1919, foi obra de um partido dirigido por um coletivo de revolucionários que se mostrou a altura das gigantescas tarefas que estavam a sua frente. O papel histórico desse verdadeiro estado-maior da revolução, formado, entre outros, por: Lenin, Trotsky, Bukharin, Zinoviev, Kamenev, Smirnov, Tomsky, Sverdlov, Rykov, Piatakov, Rakovsky, Kollontai, Krupskaia, Stalin, Smilga, Sokolnikov, Rudztak, Krestinski, Radek, Serebriakov, Ryutin, Preobrazhenski, Rosengoltz, Boguslavski, não pôde ser apagado, em que pese as tentativas grotescas levadas a cabo durante o período do grande retrocesso político consolidado na URSS a partir de 1930 e que teria o seu capítulo final em 1991 com a desintegração da União Soviética concluindo a restauração capitalista. Muitos dos integrantes desse estado-maior revolucionário pagaram com a própria vida pela sua fidelidade às bandeiras da revolução socialista. Eles são nossos mestres inspiradores. Nada foi em vão, o legado deles e da Revolução de 1917 são, ainda hoje, um patrimônio valioso para a classe trabalhadora e as massas exploradas pelo capitalismo em todo o mundo.



O que não aprendemos com a Revolução Russa


O que não aprendemos com a Revolução Russa: Visite o post para mais.
https://pcb.org.br/portal2/16771

sábado, 14 de outubro de 2017

Bukhárin

     "Na madrugada de 14 para 15 de março (1938), Nikolai Ivanovich Bukhárin, que Lenin justamente definira como "o predileto de todo o Partido", foi morto juntamente com seus companheiros de desventura.
     Como se sabe, os funcionários mais destacados do Partido, que Stálin conhecia pessoalmente, eram liquidados gradativamente, fuzilados ou mortos com um simples golpe na nuca. E quase sempre Stálin ouvia com prazer sádico, do cekista que havia dirigido a execução, uma narrativa sobre os últimos minutos das pessoas que ele odiava em segredo ou abertamente.
Bukhárin, 09/10/1888 - 15/03/1938, vítima dos processos de Moscou.
      Não contaremos aqui como se comportaram antes do fuzilamento os outros velhos companheiros de Lenin, mas Bukhárin teve um comportamento digno. Pediu papel e caneta para escrever a Stálin pela última vez. O seu desejo foi cumprido. A curta carta começava assim: "Koba, para que lhe servia a minha morte?". Stálin conservou durante toda a sua vida essas últimas linhas de Bukharin numa gaveta de sua escrivaninha, juntamente com o violento bilhete de Lenin sobre sua vil atitude em relação a Nadeja Krupskaia e outros documentos semelhantes.
     A morte de Bukhárin, Rykov, Krestinski e os outros foi apenas um dos espantosos crimes de Stalin contra o Partido, contra o povo soviético, contra o movimento comunista internacional. Um crime que jamais poderá ser esquecido."

Roy Medvedev: "Os Últimos Anos de Bukharin" (Civilização Brasileira, 1980, p. 164)

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Eminência Parda

Ney Nunes

04/10/2017

    O Brasil é governado por uma eminência parda chamada Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo Lula e atual ministro da Fazenda do presidente Michel Temer. Antes de assumir cargos públicos ele fez carreira no mercado bancário, ocupando cargos executivos e chegando à presidência do BankBoston. No governo ele é justamente o representante do setor financeiro, o setor mais forte, aquele que dá as cartas no capitalismo contemporâneo.

     A sua presença no governo é determinante. Sem ele, Michel Temer provavelmente já teria sido defenestrado. Os oligopólios econômicos e o imperialismo contam com Meirelles para verem aplicada a política econômica que retira os direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores brasileiros, privatize o que interessar ao mercado e reduza drasticamente os investimentos sociais. Todas essas medidas fazem parte do receituário neoliberal para aumentar os lucros das mega empresas diante da crise crônica do capitalismo.


Meirelles passando orientações ao presidente fantoche.

     

     Em meio à debacle política que se arrasta com o envolvimento do presidente Temer e dos seus ministros em diversos escândalos de corrupção, o fiel da balança é Meirelles. Mesmo tendo sido presidente do conselho consultivo da J&F de Joesley Batista, entre 2012 e 2016, Meirelles não sofreu qualquer abalo quando seu ex-sócio detonou o presidente com as gravações das conversas mantidas na residência presidencial. Enquanto Temer, cada dia mais patético e desgastado, é refém da sua base política fisiológica no Congresso, nada parece afetar o poder e a influência do seu homem forte na economia.

     Recordemos um episódio nebuloso ocorrido no governo Lula, o único que, de forma muito estranha, não foi objeto de qualquer investigação: a compra pelo Banco do Brasil de metade das ações do Votorantim, um banco praticamente falido e que após a compra deu enormes prejuízos ao BB. Esse negócio, altamente lucrativo para uma das famílias mais tradicionais da burguesia, foi chancelado por Lula e Meirelles, tendo como executor o ex-presidente do BB, Aldemir Bendine.

     Apesar de a economia brasileira viver um período de estagnação, com o desemprego e o subemprego alcançando mais de vinte milhões de trabalhadores, os serviços públicos essenciais em colapso, pequenas e médias empresas sucumbindo todos os dias, ainda assim, o oligopólio midiático não se cansa de propagar que sob a liderança do ministro da Fazenda a economia está em franca recuperação. Os números são torcidos e distorcidos na tentativa de convencer os brasileiros de que o receituário neoliberal vai retirar o país da crise e nos levar a uma era de prosperidade.

     Em repúblicas como a nossa, figuras como Henrique Meirelles são mais comuns do que parecem, afinal, a democracia burguesa serve justamente para isso, dar a impressão que a sociedade como um todo decide seus rumos políticos e econômicos, quando, na verdade, são os donos do capital que, nas sombras, decidem e governam de acordo com seus interesses.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Brasil Sem Rumo

Michel Temer confabulando com seu parceiro Sérgio Cabral
  A última pesquisa do Ibope apontou que 92% dos brasileiros não confiam em Temer e 77% rejeitam seu governo.
   Com tudo isso, esse é o presidente queridinho do mercado financeiro, dos abutres da bolsa de valores, dos parasitas que vivem dos juros da dívida interna, das quadrilhas políticas que dominam o Brasil, mas é rejeitado pela imensa maioria dos brasileiros, que não suporta mais os seus desmandos a serviço dos exploradores e corruptos.

Fora Temer e sua quadrilha de bandidos a serviço da burguesia!

Confira a última pesquisa sobre a rejeição ao presidente:

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Greve na Light, Rio de Janeiro,1988.



Esse vídeo contem uma entrevista, realizada em novembro de 1988, com o comando de greve dos trabalhadores da Light-RJ, conduzida pelo jornalista José Carlos Cataldi no programa "Rio Urgente" da TV Rio, na época canal 13. Participaram pelo comando de greve: Luiz Carlos Sixel Oliveira; Sonia Latgé; José Silvério; Luis Carlos Machado; Emídio Magno e Ney Nunes.

Além da entrevista, a parte final do vídeo inclui reportagens sobre as manifestações dos eletricitários durante essa greve.

domingo, 17 de setembro de 2017

O Velho Macacão e as Eternas Ilusões

Ney Nunes

         Um filho da classe trabalhadora que enveredou pela militância sindical e política, alcançou grande prestígio popular e chega até a presidência da república. Seu governo, em que pese a grande expectativa gerada nos meios de esquerda, se caracteriza pelo gerenciamento dos negócios do Estado burguês e por uma política de conciliação de classes facilitada por um período de crescimento da economia capitalista mundial. Devido ao sucesso dessa política, ele termina o primeiro mandato envolto em grande popularidade e consegue a reeleição. No segundo governo repetiu a fórmula conciliatória e, mais uma vez, ela foi pavimentada pela valorização das denominadas “commodities”.               

     Envolto na aura de grande estadista, promovido pelos meios de comunicação, enaltecido pelo grande empresariado, pelas multinacionais, por governantes dos países ricos e pelas instituições do capitalismo internacional, ele concluiu o segundo mandato em condições de eleger o seu sucessor, o que acabaria por conseguir, fechando um ciclo de grandes vitórias pessoais e do seu partido.


Lula discursa durante greve quando era sindicalista.


      A sua sucessora na presidência tentou trilhar o mesmo caminho, mas o pano de fundo que permitiu o sucesso anterior mostrou-se esgotado. O ciclo de crescimento econômico lastreado num período de estupenda valorização dos produtos da pauta de exportações inverteu os sinais. A crise capitalista batia à porta. A partir daí, o castelo de cartas da conciliação de classes ruiu e a ampla coalizão que sustentava o apoio político no Congresso virou pó. Começaram a surgir graves denúncias de corrupção, as facções burguesas, antes aliadas, romperam com o governo e articularam com a oposição de direita um golpe parlamentar para remover a presidente. O seu próprio vice, uma velha raposa da politicalha burguesa, se colocaria a cabeça dessa conspiração.

Então o destino daquele filho da classe trabalhadora não seria mais o mesmo. Os tempos de tranquilidade e bonança, de prestígio político, das mordomias e constantes viagens internacionais ficariam no passado. A crise econômica, parteira da crise política, não deu trégua e, como consequência, trouxe à público uma enxurrada de denúncias que atingiriam em cheio o seu governo, o da sua sucessora e até mesmo daqueles políticos que tramaram o golpe através do impechement. O outrora enaltecido estadista agora se vê num emaranhado de investigações e processos de corrupção, denunciado por empresários, altos burocratas e políticos que pouco antes eram parte da sua base de apoio.     
Lula com os parceiros Sarney e Renan

      Como sabemos, esse filho da classe trabalhadora governou com e para o grande empresariado. Há muito tempo ele trocou o macacão pelo colarinho branco, tem contas bancárias e padrão de vida de um político burguês. Ainda assim, há quem ache legítimo que empresas detentoras de contratos milionários com seu governo, paguem verdadeiras fortunas por suas palestras. Outros, mais delirantes, defendem que as negociatas denunciadas não sejam julgadas pela justiça burguesa, reivindicando que deveriam ser julgadas por um “tribunal da classe trabalhadora”.

      Só mesmo no imaginário político repleto de ilusões de certa intelectualidade pequeno-burguesa, Lula ainda veste seu velho macacão de metalúrgico.

    

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Crime Burguês Organizado

A canalha política burguesa reunida.
     O Brasil é governado pelo "crime burguês organizado", esse é o governo do tal "mercado". São quadrilheiros especializados em explorar o povo trabalhador e saquear o patrimônio público.
     Aí está o verdadeiro "crime organizado", os restantes são simples amadores.
Confira em:
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/25/pgr-denuncia-sarney-renan-juca-raupp-e-garibaldi-alves-na-lava-jato.htm

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Luta de Classes


Você odeia a luta de classes? 
Recomendo aderir ao socialismo, o método mais seguro e eficaz para acabar com a tal luta de classes.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Escárnio Sem Limites

   Gilmar Mendes revogou novamente a prisão dos empresários Jacob Barata e Lélis Teixeira, acusados de chefiar o milionário esquema de propinas da máfia dos ônibus no Rio de Janeiro articulado com os políticos do PMDB e seus aliados.
   Nesse caso, mais uma vez, as instituições burguesas revelaram sua verdadeira face, os seus dirigentes perderam qualquer pudor, a canalhice é praticada às claras, o escárnio não tem limites, só mesmo o consentimento da maioria explica a permanência desse estado de coisas.
Temer, Padilha e Gilmar: poder sem pudor.

Confira: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/18/gilmar-mendes-revoga-decisao-de-juiz-federal-e-manda-soltar-novamente-jacob-barata.htm

TIREM AS MÃOS DA VENEZUELA!



TIREM AS MÃOS DA VENEZUELA!:
Defender a radicalização da Revolução Bolivariana é defender a liberdade e a justiça social na América Latina Nota da Comissão Política Nacional do PCB

A ameaça do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, de fazer uso da força militar contra a Venezuela, é um atentado não apenas à liberdade e às significativas conquistas sociais da Revolução Bolivariana, como também à democracia e à soberania de todos os países latino-americanos. A ameaça de agressão do governo dos EUA contra o povo venezuelano, para tentar tirar, à força, o presidente Maduro do poder, está articulada com a mobilização golpista de setores da burguesia venezuelana, que se utiliza, abertamente, do uso de mercenários contratados para realizar manifestações violentas contra o governo.
A vitória política do governo Maduro, elegendo, pelo voto direto da maioria da população, uma Assembleia Nacional Constituinte legítima e soberana, é um claro sinal de que o povo da Venezuela segue determinado na luta pela consolidação da Revolução Bolivariana, que já possibilitou, nos últimos 15 anos, entre muitas  conquistas, mais de 2 milhões de novas moradias para os mais pobres, a duplicação do número de vagas no sistema educacional, a redução significativa do analfabetismo e da miséria, assim como a promoção e elevação do patamar de justiça e democracia, com o fortalecimento da organização popular. Hoje a manutenção dessas conquistas está atrelada ao avanço da revolução, no sentido de ampliar o poder organizado do povo trabalhador e da adoção de medidas anticapitalistas.
A burguesia nutre intenso ódio pela emancipação dos pobres, pela perspectiva de perder seus privilégios com a redução das desigualdades no país, uma burguesia a quem não interessa que o país saia do perfil de monoexportador de petróleo para manter os lucros de suas empresas exportadoras. Os EUA sabem perfeitamente que, com a consolidação da Revolução, ficarão no passado os tempos em que se locupletavam com a compra de petróleo barato da Venezuela, como se passava com os governos da direita que antecederam a vitória de Hugo Chávez em 1999.
Defender a Venezuela contra qualquer ameaça imperialista é defender a liberdade, a justiça social e a soberania de todos os países da América Latina. O polo hegemônico imperialista se utiliza das mesmas táticas de guerra econômica, desestabilização política e financiamento de grupos terroristas que foram utilizados na Líbia, no Iraque, Síria, Irã e Coreia Popular. Repudiamos a articulação dos governos latino-americanos alinhados aos EUA, incluindo o governo golpista e corrupto de Michel Temer, que apoiam a direita golpista na Venezuela e uma possível intervenção militar externa.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) refirma sua solidariedade militante para com a Revolução Bolivariana e suas conquistas, manifestando o mais forte repúdio às tentativas de agressão externa e ações golpistas promovidas pela burguesia venezuelana, voltadas a desestabilizar o governo Maduro. O PCB manifesta também irrestrita solidariedade ao Partido Comunista Venezuelano (PCV), setor operário e popular mais avançado neste processo. Com muita coerência e combatividade, os comunistas venezuelanos cerram fileiras em defesa da radicalização do caminho revolucionário, por uma nova política econômica que rompa com a dependência ao capital, contra o avanço do fascismo, do golpismo e a corrupção reinante.
O PCB conclama a todos os seus militantes, simpatizantes, amigos, democratas e internacionalistas a participar, com sua manifestação e presença em atos unitários e demais ações públicas, da luta pela consolidação e avanço do processo Bolivariano na Venezuela, no rumo da construção do Socialismo.
NÃO À AGRESSÃO IMPERIALISTA NA VENEZUELA!
EM DEFESA DA SOBERANIA! TODA SOLIDARIEDADE AO POVO VENEZUELANO! 
PELO PODER POPULAR E PELO SOCIALISMO!

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Governo Cogita Aumentar IR para 35%

E agora? Onde enfiar os gritos contra a maior carga tributária do mundo? Esse é o resultado de ser subalterno à classe dominante, tomar pernada e ficar de boquinha calada.
Meirelles e Temer, trama de sanguessugas.
Confira:

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Pensamento Comunista

Lenin

     "Politicamente, os homens foram sempre as vítimas ingênuas dos outros e deles próprios, e serão sempre enquanto não tiverem aprendido a discernir por trás das frases, das declarações e das promessas morais, religiosas, políticas e sociais, os interesses destas ou daquelas classes."  

Lenin

Uma Aula de Imbecilidade

     
Temer e Rocha Loures, o amiguinho da mala.
  A sessão da Câmara dos Deputados que decidiu negar a autorização para investigar o atual presidente da república, ocorrida ontem, foi bastante educativa. Assistindo aquela verdadeira aula, nós aprendemos que governos corruptos e rejeitados pela maioria do povo são os mais adequados para garantir a estabilidade política e o desenvolvimento econômico de um país.
     De onde não se espera nada, é que não sai nada mesmo...
   
   

terça-feira, 1 de agosto de 2017

A Água é Nossa!


     Só mesmo tendo um arraigado espirito subalterno, colonizado, rastejante, para continuar defendendo privatização do patrimônio público no Brasil. Trata-se de uma escumalha humana, sem princípios nem moral, vendida aos interesses dos capitalistas.

"Enquanto Rio privatiza, por que Paris, Berlim e outras 265 cidades reestatizaram saneamento?"

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Bendine Preso

    Será que após a prisão dessa "cobra" o MPF e a PF irão, finalmente, investigar a compra do banco Votorantim, negociata que rendeu quatro bilhões para a família Ermírio de Moraes e um prejuízo de mais de um bilhão para o Banco do Brasil?


Aldemir Bendine, o outrora queridinho do mercado.

    A sua trajetória no BB foi marcada, além da compra do banco falido da família Ermírio de Moraes, pelas associações com o Bradesco, incremento das terceirizações, perseguição aos funcionários que participaram de greves e desmonte das áreas meio. Tudo isso era motivo de fartos elogios na mídia burguesa, já que abriam caminho para a privatização.



terça-feira, 18 de julho de 2017

As Reformas Enterram o Pacto Social

                                                                                                                                            Ney Nunes*

    A reforma trabalhista do governo Temer aprovada na Câmara e no Senado, assim como, a pretendida reforma da previdência, não são fatos isolados no mundo capitalista contemporâneo. Projetos similares vêm sendo propostos e aplicados em diversos outros países. Apesar do movimento de resistência dos trabalhadores, através de greves e manifestações contra estas medidas que reduzem ou retiram direitos duramente conquistados ao longo do século XX, a verdade é que elas estão sendo implementadas.


Manifestação durante a Greve Geral na França
      
     O pano de fundo dessas reformas é a profunda crise estrutural do capitalismo em sua fase ultra imperialista, na qual observamos uma concentração de riquezas e centralização do capital jamais vista na história mundial, ao mesmo tempo, o Estado opera como um mero gerente subordinado aos interesses financeiros das megacorporações globais, independente do regime político burguês que está em vigor em cada país.

     O significado fundamental dessas reformas, inseridas na crise estrutural capitalista, é não ser mais possível ao capital retomar um efetivo crescimento da taxa de lucro exclusivamente através dos seus mecanismos tradicionais, como, por exemplo: inflação, desemprego, rotatividade da mão de obra, transferência de empresas para regiões ou países com custos menores, etc. Para retomar a acumulação de capital se fez necessário romper o pacto social, o qual, mesmo com grandes diferenciações, foi estabelecido em praticamente todo o mundo capitalista. Pacto este, que de forma geral, garantia direitos sociais mínimos à classe trabalhadora.

     Os partidos e sindicatos que, ao longo da vigência desse pacto social capturavam a representação dos trabalhadores, estão aturdidos com a virulência dos ataques. Todo o seu discurso e programa no sentido de pequenos ajustes no sistema para manter funcionando o pacto, ou seja, manter a massa trabalhadora subalterna, sendo explorada em troca de garantias mínimas, perdeu credibilidade. O pacto, defendido e muitas vezes gerenciado pelos reformistas, agora foi rasgado pela burguesia em nome da retomada dos seus lucros.

     Esse quadro indica uma virada histórica, ou seja, que a época favorável para as forças políticas fundamentadas na conciliação de classes está terminando. A burguesia, essa “ingrata”, se inclina a dispensar o serviço desses velhos conciliadores, seus lacaios, especialistas em manter o proletariado com esperanças na obtenção de progresso, justiça e paz na vigência do capitalismo. A alternativa burguesa diante da crise estrutural é impor as medidas que entendem como necessárias, de forma rápida e profunda, mesmo que para isso sejam obrigados a se despir da capa democrática e assumir a sua verdadeira face: uma ditadura dos ricos e exploradores contra o povo trabalhador.


*Bancário aposentado, dirigente do PCB.

Socialismo na URSS - José Paulo Netto

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Pensamento Comunista

"Na época de ascensão e florescimento do capitalismo, a pequena burguesia, apesar de fortes acessos de descontentamento, quase sempre caminhou obediente na esteira do capitalismo. E não restava outra coisa a fazer. Mas, nas condições de decomposição capitalista e da situação econômica sem saída, a pequena burguesia tenta, procura, experimenta livrar-se dos grilhões dos velhos senhores e dirigentes da sociedade. Ela é perfeitamente capaz de prender seu destino ao do proletariado. Para isso, basta uma coisa: a pequena burguesia ter confiança na capacidade de o proletariado dar à sociedade um novo rumo. O proletariado só pode inspirar-lhe essa confiança por sua própria força, pela segurança de suas ações, pela destreza de sua ofensiva contra contra o inimigo, pelo êxito de sua política revolucionária.


      Mas, ai, se o partido revolucionário não se mostra à altura da situação! A luta cotidiana agrava a instabilidade da sociedade burguesa. As pertubações políticas e as greves pioram a situação econômica do país. A pequena burguesia estaria disposta a conformar-se passageiramente com as crescentes privações, se chegasse, pela experiência, a convicção de que o proletariado é capaz de guiá-la por uma nova senda. Mas continue o partido revolucionário a mostrar-se, sempre, apesar da intensificação ininterrupta da luta de classes, incapaz de reunir em torno de si a classe operária, vacile, desoriente-se, contradiga-se: então a pequena burguesia perde a paciência e principia a ver nos trabalhadores revolucionários os fatores de sua própria miséria. Todos os partidos burgueses, inclusive também a social democracia, impelem seus pensamentos nesta direção. E é quando a crise começa a adquirir uma intensidade insuportável é que entra em cena um partido especial, cujo objetivo é trazer a pequena-burguesia a um ponto candente e a dirigir seu ódio e seu desespero contra o proletariado. Esta função histórica desempenha hoje na Alemanha o nacional-socialismo, uma ampla corrente, cuja ideologia se compõe de todas as exalações pútridas da sociedade burguesa em decomposição." 

Burguesia, Pequena-burguesia e Proletariado (Trotsky)



quinta-feira, 13 de julho de 2017

Reforma Trabalhista: violento ataque do capital contra os trabalhadores e a juventude

Reforma Trabalhista: violento ataque do capital contra os trabalhadores e a juventude: A hora é de luta, organização e mobilização! O maior atentado aos direitos trabalhistas acaba de ser celebrado pelo Congresso. O Senado Federal aprovou, por 50 votos a favor e 26 contrários, o text…

sábado, 8 de julho de 2017

Uma Crise e Duas Armadilhas

           Diante da crise do seu regime político, acossado pela exposição das suas entranhas, as facções burguesas articulam uma saída que permita a continuidade da sua dominação sobre as demais classes sociais. Enquanto um setor defende a saída do combalido Michel Temer e sua substituição pelo inexpressivo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um segundo bloco burguês finca o pé na manutenção do presidente até o final do seu mandato. As duas saídas da crise política, são, na verdade, duas armadilhas armadas pela burguesia para aprisionar a maioria do povo sob seu domínio.



      A divisão se expressa até mesmo no interior do oligopólio midiático, com a Globo e a Veja liderando o bloco do “Fora Temer”, enquanto o Estadão, SBT, Record e Band estão na vanguarda do “Fica Temer”. Os dois blocos têm algo em comum, estão empenhados em garantir a aprovação das reformas trabalhista e da previdência para reforçar os ganhos do grande empresariado e do sistema financeiro. É irrelevante se os seus representantes estão imersos em crimes de corrupção, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, etc., no momento, a prioridade é se assenhorar do governo e garantir as medidas que vão prejudicar a imensa maioria do povo trabalhador.



          Pouco importa também para os dois blocos dominantes a situação de crise social em que o país está mergulhado. O desemprego de milhões de trabalhadores, a falência dos serviços públicos e a desmedida violência urbana são consequências que não incomodam nem um pouco a essa camada privilegiada de exploradores burgueses. Sua preocupação é bem outra, pretendem resolver a crise política antes que a insatisfação popular se traduza em efetiva organização e mobilização contra o seu domínio de classe.

     Já para o povo trabalhador que sustenta todo esse conjunto de parasitas sociais, ricaços, altos burocratas e políticos de aluguel, a alternativa passa pela superação da desorientação política instalada após o fracasso de mais de uma década e meia dos governos de conciliação de classes da dupla PT - PC do B. Sabemos que não são tarefas fáceis de superar, tanto o desencanto com essa falsa esquerda, assim como, escapar das armadilhas políticas preparadas pela classe dominante. O certo é que as duas tarefas são urgentes e necessárias.


sexta-feira, 7 de julho de 2017

Bandidos Com o Dedo no Gatilho

     O covil dos corruptos de aluguel da burguesia agendou a votação da reforma trabalhista para o dia 11/07. Essa reunião de bandidos  prepara um tiro mortal nos direitos trabalhistas, legislação conquistada através de muitas lutas da classe trabalhadora ao longo do século passado. Se aprovada a reforma, o campo vai ficar livre para que as grandes empresas reduzam os custos com pessoal, fazendo valer o seu poder de pressão sobre um sindicalismo cada vez mais dócil e enfraquecido.

                                            
      Um governo e um congresso completamente desmoralizados não podem ter as mãos livres para cometerem mais esse crime contra o povo trabalhador. Ainda é tempo de a maioria insatisfeita fazer valer os seus direitos, transformando descontentamento em ação organizada. Somente um verdadeiro levante popular nos dias 10 e 11 de julho será capaz de deter esse banditismo a serviço dos exploradores.
     
   
     

terça-feira, 4 de julho de 2017

Pensamento Comunista

    


     "A ditadura do proletariado significa a direção da política pelo proletariado. Este, como classe dirigente, dominante, deve saber dirigir a política de tal modo que resolva, em primeiro lugar, a tarefa mais urgente, a mais “candente”. Atualmente, o mais inadiável são as medidas capazes de elevar imediatamente as forças produtivas da economia camponesa. Somente mediante isto é que poderemos conseguir melhorar também a situação dos operários, consolidar a aliança  dos operários com os camponeses e fortalecer a ditadura do proletariado. Todo proletário ou representante do proletariado que pretendesse, mediante outro procedimento que não este, melhorar a situação dos operários, terminaria, na realidade, como cúmplice dos guardas-brancos e dos capitalistas; tomar outro caminho diferente significa colocar os interesses corporativistas dos operários acima dos interesses de classe; significa, pois, sacrificar em troca do aproveitamento de vantagens imediatas, parciais e momentâneas, os interesses de toda a classe operária, de sua ditadura, de sua aliança com os camponeses contra os latifundiários capitalistas, de seu papel dirigente na luta para libertar o trabalho do jugo do capital."

          Lenin:  Sobre o Imposto em Espécie
                                O significado da Nova Política Econômica e suas condições (maio/1922)

Programa Pensamento Crítico: Estado, Política e Conjuntura Brasileira (E31)

quinta-feira, 29 de junho de 2017

80 anos de Vlado Herzog

80 anos de Vlado Herzog: O PODER POPULAR No dia 27 de junho, o militante do PCB Valdimir Herzog teria completado 80 anos. Assassinado pela ditadura em 1975, sua morte – como a do operário metalúrgico Manoel Fiel Filho, tam…

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Meirelles Sofre Grave Derrota no Congresso

Henrique Meirelles, o "todo poderoso" ministro da fazenda do governo Temer, acaba de sofrer uma grave derrota no Congresso Nacional. A medida provisória 774, que visava reduzir as desonerações fiscais sobre a folha de pagamento de diversos setores empresariais, sofreu modificações substanciais com a aprovação do parecer do relator, deputado Airton Sandoval (PSDB), na comissão mista do Congresso. A principal delas, incluída no parecer aprovado, é o adiamento da sua entrada em vigor para janeiro de 2018, enquanto o texto original, enviado pela equipe econômica, previa julho de 2017.

Com esse adiamento, segundo projeção do próprio governo, o caixa do tesouro deixa de receber este ano um reforço de 2,1 bilhões, agravando ainda mais o rombo nas contas públicas. Além desse adiamento, por si só, uma derrota, a comissão aprovou modificações que ampliam os setores que continuarão beneficiados pela desoneração, restando ainda quinze destaques que serão votados na próxima semana. 

Essa derrota sinaliza o enfraquecimento do governo Temer/Meirelles, acossado por denúncias gravíssimas de corrupção, pela sua enorme impopularidade confirmada por todas as pesquisas e pela redução do apoio entre o empresariado, desconfiado da sua capacidade de aprovar as reformas que retiram direitos básicos dos trabalhadores. Os reflexos disso estão na exposição negativa do governo por uma parte significativa da mídia, antes totalmente governista, e que agora passou a exigir a sua renúncia.






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