Bukhárin, 09/10/1888 - 15/03/1938, vítima dos processos de Moscou. |
sábado, 14 de outubro de 2017
Bukhárin
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Eminência Parda
A
sua presença no governo é determinante. Sem ele, Michel Temer provavelmente já
teria sido defenestrado. Os oligopólios econômicos e o imperialismo contam com
Meirelles para verem aplicada a política econômica que retira os direitos
trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores brasileiros, privatize o que
interessar ao mercado e reduza drasticamente os investimentos sociais. Todas
essas medidas fazem parte do receituário neoliberal para aumentar os lucros das
mega empresas diante da crise crônica do capitalismo.
Meirelles passando orientações ao presidente fantoche. |
Em meio à debacle política
que se arrasta com o envolvimento do presidente Temer e dos seus ministros em diversos
escândalos de corrupção, o fiel da balança é Meirelles. Mesmo tendo sido
presidente do conselho consultivo da J&F de Joesley Batista, entre 2012 e
2016, Meirelles não sofreu qualquer abalo quando seu ex-sócio detonou o
presidente com as gravações das conversas mantidas na residência presidencial. Enquanto
Temer, cada dia mais patético e desgastado, é refém da sua base política fisiológica
no Congresso, nada parece afetar o poder e a influência do seu homem forte na
economia.
Recordemos um episódio nebuloso ocorrido
no governo Lula, o único que, de forma muito estranha, não foi objeto de
qualquer investigação: a compra pelo Banco do Brasil de metade das ações do Votorantim,
um banco praticamente falido e que após a compra deu enormes prejuízos ao BB.
Esse negócio, altamente lucrativo para uma das famílias mais tradicionais da
burguesia, foi chancelado por Lula e Meirelles, tendo como executor o ex-presidente
do BB, Aldemir Bendine.
Apesar de a economia brasileira viver um
período de estagnação, com o desemprego e o subemprego alcançando mais de vinte
milhões de trabalhadores, os serviços públicos essenciais em colapso, pequenas
e médias empresas sucumbindo todos os dias, ainda assim, o oligopólio midiático
não se cansa de propagar que sob a liderança do ministro da Fazenda a economia está
em franca recuperação. Os números são torcidos e distorcidos na tentativa de
convencer os brasileiros de que o receituário neoliberal vai retirar o país da
crise e nos levar a uma era de prosperidade.
Em
repúblicas como a nossa, figuras como Henrique Meirelles são mais comuns do que
parecem, afinal, a democracia burguesa serve justamente para isso, dar a impressão
que a sociedade como um todo decide seus rumos políticos e econômicos, quando,
na verdade, são os donos do capital que, nas sombras, decidem e governam de acordo
com seus interesses.