Em toda eleição burguesa ele
aparece, às vezes tímido, envergonhado e só no segundo turno, em outras, chega
apavorado, aos berros, já no primeiro. Dessa vez, estão gritando logo no
primeiro turno: “o perigo é iminente, vamos nos defender votando no mal menor”
e, pelo jeito, seja ele quem for. Reconheçamos, tem “mal menor” para todos os
gostos e estômagos.
Essa estratégia vem sendo posta em prática
faz muito tempo, os resultados são palpáveis, o principal deles é a
desmoralização e enfraquecimento de qualquer alternativa política independente
da classe trabalhadora frente à hecatombe capitalista. O voto inútil no mal
menor não impediu a continuidade e o avanço do sistema de exploração sobre o
povo trabalhador, a restrição das liberdades democráticas e a aproximação da
barbárie.
Os “bem intencionados” acometidos pelo
complexo de subalternidade, que me desculpem, mas passar a vida apostando em
soluções vindas dos que nos pisoteiam e daqueles que colaboram com os
exploradores, nunca contribuiu positivamente com a luta pela emancipação da
classe trabalhadora, muito pelo contrário, essa estratégia só nos reservou derrotas.
Ney Nunes
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