Site Pelo Socialismo - 26/02/2022
Alexandrino Saldanha |
Nascido em 1948 numa aldeia do
concelho de Macedo de Cavaleiros, veio para Lisboa ainda criança para estudar e
fixou-se nesta cidade. Era advogado e trabalhou no setor bancário.
Logo após o 25 de abril filiou-se no
Partido Comunista Português onde teve várias responsabilidades.
Toda a sua vida foi dedicada à
intensa militância sindical e política.
Foi delegado sindical do SBSI no seu
local de trabalho, o Banco Português do Atlântico, entre 1979 e 1981, vindo
a integrar o secretariado sindical deste banco a tempo inteiro,
pelas Listas Unitárias, tendência unitária do Sindicato dos Bancários do Sul e
Ilhas. Foi eleito membro da direção desse sindicato na década de 80, do qual
foi também vice-presidente.
Foi um dos impulsionadores da
formação do SINTAF, Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Financeira, que se
filiou na CGTP-IN, acabando com o monopólio da representação sindical da UGT
entre os trabalhadores da banca. Era atualmente presidente da Mesa da
Assembleia Geral deste sindicato.
Foi deputado do Partido Comunista
Português à Assembleia da República nas VI, VII e VIII legislaturas. Foi também
eleito vereador da CDU no município de Odivelas entre 2001 e 2005.
Entre 2006 e 2012 foi assessor da
Frente Comum dos Sindicatos Administração Pública dando o seu contributo
à luta dos trabalhadores da administração central e local.
Neste período deu também apoio
jurídico pro bono à Sociedade Portuguesa de Esclerose
Múltipla. Respondeu sempre a todos os pedidos de ajuda de camaradas e
amigos que necessitavam de conselhos jurídicos.
Posteriormente, a sua atividade
política foi dedicada à divulgação do socialismo científico e do
marxismo-leninismo, sendo editor do site Pelo Socialismo. Foi também um dos
fundadores da Iskra, Associação de Estudos Marxistas-Leninistas de que foi
presidente até à sua morte.
Até ao fim, manteve a fidelidade aos
seus ideais revolucionários e socialistas combatendo por eles
O camarada Alexandrino Saldanha
distinguia-se pela sua inteligência, pela sua lealdade aos camaradas e amigos,
pela sua firmeza, retidão e coerência na defesa dos ideais do fim da exploração
do homem pelo homem e da construção de uma nova sociedade, de uma democracia
proletária.
Deve ser tomado como exemplo pelas
novas gerações de militantes revolucionários comunistas. O contributo do
camarada Alexandrino Saldanha vai fazer-nos muita falta, mas os que ficam
prosseguirão com determinação os objetivos por que ele também lutava.
Vai para sempre ficar na nossa
memória e no nosso coração porque “nenhum de nós anda sozinho e até os
mortos vão ao nosso lado”.
À família e amigos expressamos as
nossas condolências e manifestamos a maior solidariedade.
Edição: Página 1917
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