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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Não à Guerra Imperialista na Ucrânia!

Declaração Conjunta dos Partidos Comunistas e Operários

25/02/2022 

É necessária uma luta independente contra os monopólios e as classes burguesas, pela derrubada do capitalismo, pelo fortalecimento da luta de classes contra a guerra imperialista, pelo socialismo! 


Ucrânia, restauração capitalista e guerra imperialista.


1. Os partidos comunistas e operários que assinam esta Declaração Conjunta se opõem ao conflito imperialista na Ucrânia, que constitui uma das consequências da trágica situação para os povos formados após a derrubada do socialismo e a dissolução da União Soviética. Tanto a burguesia, como as forças oportunistas, que por anos lutaram contra a URSS e recentemente celebraram o 30º aniversário da sua dissolução, silenciando o fato de que a restauração do capitalismo significou o desmantelamento de conquistas históricas dos povos e da classe trabalhadora, e trouxe a URSS de volta a era da exploração capitalista e guerra imperialista, estão completamente desmascarados.

2. Os acontecimentos na Ucrânia, que ocorrem no marco do capitalismo monopolista, estão ligados aos planos dos EUA, da OTAN, da União Europeia e sua intervenção nesta região no contexto de sua feroz competição com a Rússia capitalista pelo controle dos mercados, matérias-primas e redes de transporte do país. Esses propósitos são ocultadas pelas potências imperialistas envolvidas no conflito sob  pretextos como “defender a democracia”, “autodefesa” e o direito de “escolher suas alianças”, o cumprimento dos princípios da ONU ou da OSCE, ou um suposto “fascismo”, que apresentam deliberadamente desconectado do sistema capitalista que o fomenta e utiliza.

3. Denunciamos a atividade das forças fascistas e nacionalistas na Ucrânia, o anticomunismo e a perseguição aos comunistas, a discriminação contra a população de língua russa e os ataques armados do governo ucraniano contra o povo de Donbas. Condenamos o uso das forças políticas mais reacionárias da Ucrânia, incluindo grupos fascistas, pelas potências Euro-atlânticas para a aplicação dos seus planos. Além disso, a retórica anticomunista contra Lenin, os bolcheviques e a União Soviética, à qual a liderança russa recorre para justificar seus próprios planos estratégicos na região é inaceitável. No entanto, nada pode manchar a enorme contribuição do socialismo na União Soviética, que era uma união multinacional de repúblicas socialistas em igualdade.

4. A decisão da Federação Russa de reconhecer inicialmente a “independência” das chamadas “Repúblicas Populares” em Donbas e depois proceder uma intervenção militar, que acontece sob o pretexto da “autodefesa” da Rússia a “desmilitarização” e “desfascistização” da Ucrânia, não foi feita para proteger o povo da região ou a paz, mas sim para promover os interesses dos monopólios russos no território ucraniano e sua feroz competição com os monopólios ocidentais. Expressamos nossa solidariedade com os comunistas e os povos da Rússia e da Ucrânia, estaremos ao lado deles para fortalecer a luta contra o nacionalismo fomentado por suas respectivas burguesias. Os povos desses dois países, que viveram em paz e prosperaram conjuntamente como parte da URSS, assim como os demais povos do mundo,  não têm nada a ganhar ao aliar-se a um ou outro polo ou aliança imperialista que serve aos interesses dos monopólios.

5. Salientamos que as ilusões propagadas pelas forças burguesas que afirmam que poderia haver uma “melhor arquitetura de segurança” na Europa pela intervenção da UE, a OTAN “sem planos militares e sistemas de armas agressivos em seu território”, uma “UE pró-paz”, ou um “mundo multipolar pacífico”, etc., são altamente perigosas. Todas essas suposições nada têm a ver com a realidade e são enganosas para a luta anticapitalista e anti-imperialista, pois buscam cultivar a percepção de que pode existir um “imperialismo pacífico”. No entanto, a verdade é que a OTAN e a UE, como qualquer aliança capitalista multinacional, são alianças predatórias de natureza profundamente reacionária, que não se colocam a favor dos interesses populares e continuarão a agir contra a classe trabalhadora, contra seus direitos e o dos povos; que o capitalismo anda de mãos dadas com as guerras imperialistas.

6. Chamamos os povos dos países cujos governant estão envolvidos nos acontecimentos, especialmente através da OTAN e da UE, mas também da Rússia, a lutar contra a propaganda das forças burguesas que atraem o povo para a monstruosa máquina de guerra imperialista, usando diversos pretextos espúrios. Os chamamos a exigir o fechamento de bases militares e o retorno para casa das tropas enviadas em missões no exterior, a fortalecer a luta pelo rompimento dos países com os planos e alianças imperialistas como a OTAN e a UE.

7.O interesse da classe trabalhadora e das camadas populares requer dos comunistas o fortalecimento do critério de classe para analisar os acontecimentos, para traçar nosso próprio caminho independente contra os monopólios e as classes burguesas, pela derrubada do capitalismo, pelo fortalecimento da luta de classes e contra a guerra imperialista, pelo socialismo, que permanece tão vigente e necessário como sempre.

Partidos Comunistas e Operários que assinam a declaração conjunta:

1. Partido Argelino para a Democracia e o Socialismo

2. Partido Comunista do Azerbaijão

3. Partido do Trabalho da Áustria

4. Partido Comunista de Bangladesh

5. Partido Comunista da Bélgica

6. Movimento “Che Guevara” (União dos Comunistas da Bulgária)

7. Partido Comunista na Dinamarca

8. Partido Comunista de El Salvador

9. Partido Comunista da Finlândia

10. Partido Comunista Revolucionário da França (PCRF)

11. Partido Comunista da Grécia

12. Partido Comunista do Curdistão-Iraque

13. Partido dos Trabalhadores da Irlanda

14. Frente Comunista (Itália)

15. Movimento Socialista do Cazaquistão

16. Partido Socialista da Letônia

17. Partido Comunista do México

18. Novo Partido Comunista da Holanda

19. Partido Comunista da Noruega

20. Partido Comunista Palestino

21. Partido Comunista do Paquistão

22. Partido Comunista Paraguaio

23. Partido Comunista Peruano

24. Partido Comunista das Filipinas [PKP 1930]

25. Partido Comunista da Polônia

26. Partido Socialista Romeno

27. Partido Comunista Sul-Africano

28. Partido Comunista dos Trabalhadores da Espanha

29. Partido Comunista Sudanês

30. Partido Comunista da Suazilândia

31. Partido Comunista da Suécia

32. Partido Comunista Sírio

33. Partido Comunista da Turquia

34. União dos Comunistas da Ucrânia

 

Organizações da Juventude Comunista que assinam a Declaração Conjunta

1. Seção Juvenil do Partido do Trabalho da Áustria   

2. Jovens Comunistas da Bélgica

3. União da Juventude Comunista, República Tcheca

4. Juventude Comunista da Dinamarca

5. Juventude Comunista do Partido Comunista dos Trabalhadores , Finlândia

6. Juventude Comunista da Grécia

7. Juventude do Partido dos Trabalhadores , Irlanda

8. Frente da Juventude Comunista, Itália

9. Federação de Jovens Comunistas, México

10. Movimento da Juventude Comunista, Holanda

11. Federação Democrática de Estudantes, Paquistão

12. União da Juventude Socialista, Romênia

13.  Liga da Juventude Comunista Revolucionária (bolcheviques), Rússia

14.  Coletivos de Jovens Comunistas, Espanha

15.  União da Juventude Socialista, Sri Lanka

16.  Juventude Comunista da Suécia

17.  União da Juventude Comunista Leninista do Tajiquistão

18.   Juventude Comunista da Turquia

19.   Liga dos Jovens Comunistas EUA

A declaração está aberta para novas assinaturas


Edição: Página 1917

Fonte:https://inter.kke.gr/es/articles/No-a-la-guerra-imperialista-en-Ucrania/

 

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