Trabalhadores do comércio protestam contra demissões em Porto Alegre. |
Mas
no capitalismo, o essencial, em primeiríssimo lugar, é sempre manter e aumentar
os lucros dos grandes monopólios empresariais. Para isso, mesmo com o risco de
causar mais dezenas de milhares de mortes, a classe burguesa (grandes
empresários), e seus lacaios no governo Bolsonaro e no oligopólio midiático
seguem defendendo o retorno do maior número possível de atividades. São
verdadeiros genocidas! A vida dos trabalhadores e dos seus familiares para eles
é um problema secundário.
Toda
essa situação vai descortinando aos poucos quais os verdadeiros interesses das
classes sociais, geralmente encobertos pelas ideologias e fantasias destinadas
a fazer parecer interesse de todos o que, na verdade, só interessa e convém a
uma minoria de privilegiados. Assim faz a burguesia todo o tempo e agora também
durante a pandemia. Querem nos fazer acreditar que estão preocupados com o desemprego,
com as dificuldades do povo, quando estão é demitindo em massa e cortando
salários.
O essencial, nesse momento, para os
trabalhadores e a maioria da população é a defesa da vida humana. Essencial é
reduzir de todas as formas as possibilidades de contágio, mesmo que a atividade
econômica fique reduzida, pelo tempo que for necessário, ao que realmente
importa para garantir a sobrevivência, como, por exemplo, os serviços de
produção e distribuição de energia, de tratamento de água e esgoto, de
telecomunicações, de saúde e pesquisa, a produção e distribuição dos
medicamentos, alimentos e produtos de higiene e limpeza. Essencial é garantir
um abono suficiente para a sobrevivência dos mais necessitados. Mas a lógica do
capitalismo é outra, estimula a anarquia econômica e indisciplina social em
defesa do seu interesse particular de continuar auferindo lucros imensos, mesmo
às custas de dezenas ou centenas de milhares de mortes. Totalmente descartáveis
são a burguesia e seus lambe-ovos defensores de interesses mesquinhos.
A
realidade está apontando a falência do sistema capitalista para prover as
mínimas necessidades sociais. A defesa da vida, do progresso, da paz e da justiça
revelam-se objetivos inalcançáveis enquanto persistir esse sistema de
exploração. É cada vez mais urgente que os trabalhadores tomem consciência dos
seus reais interesses e da sua capacidade de organizar e liderar o conjunto dos
demais explorados na luta para edificar uma sociedade livre da burguesia, livre
da exploração, a sociedade socialista.
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