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segunda-feira, 6 de abril de 2020

O Mantra dos Exploradores

Ney Nunes   

   O mantra, repetido a exaustão pela mídia e políticos burgueses, afirmava: “O Estado está falido”; “Precisamos cortar gastos públicos”; “Temos que privatizar as estatais”; “Vamos liberar a terceirização”; "Depois da reforma trabalhista o país voltará a crescer”; “Com a reforma da previdência resolveremos o déficit público”.   Todas essas afirmações, uma a uma, foram caindo por terra. O país não voltou a crescer, o desemprego e a pobreza aumentaram e os serviços públicos essenciais para a maioria do povo vão de mal a pior.


O verdadeiro "isolamento social" no Brasil.

   Com a entrada em cena da pandemia do coronavírus, o eixo central desse mantra, “O Estado está falido”, foi desmentido pela própria mídia burguesa e seus analistas de aluguel. Eles agora, da forma mais cínica, advogam a intervenção do estado através da transferência de recursos públicos para os bancos e grandes empresas que estariam em “dificuldades” devido à crise. A receita é a mesma aplicada durante a crise econômica internacional deflagrada em 2008, saquear o cofre do Estado para salvar capitalistas.

     Mas cinismo e hipocrisia são especialidades da mídia e dos políticos burgueses que não podem, de forma alguma, dizer a verdade, sob o risco de despertar a justa revolta da massa de explorados. Mesmo quando batem cabeça numa situação de crise como essa que estamos vivendo, as diversas facções políticas do empresariado fazem de tudo para esconder seus reais interesses por trás de cada medida aprovada pelo governo, congresso e judiciário.

    Assim que o pior da pandemia passar, veremos, de forma mais acentuada ainda, o retorno do mantra dos exploradores, dizendo que devido à crise a dívida pública explodiu, o Estado está falido e serão necessários mais e maiores sacrifícios de todos para salvar o país e para que a economia volte a crescer. Os políticos e analistas vendidos da mídia estarão de volta para, mais uma vez, embelezarem esse discurso falando em “união”, “democracia”, “patriotismo” e “esperança”. A tarefa de desmascarar todos esses impostores e construir uma real alternativa ao poder dos exploradores estará depositada, unicamente, nas mãos das organizações dos trabalhadores e dos revolucionários.

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