Quem mandou esperar no ponto o ônibus passar?
Quem mandou a bala que acertou teu peito?
Agora não tem mais jeito...
Quem mandou tomar o café na janela?
Quem mandou ir na cozinha lavar prato e panela?
Quem mandou a bala que acertou tua cabeça?
Que ninguém te esqueça...
Quem mandou fazer hora extra?
Voltar tarde da noite de segunda a sexta?
Quem mandou a bala que te feriu de morte?
Quanta falta de sorte...
Quem mandou viver nesta cidade?
Quem mandou ter sonhos de felicidade?
Quem mandou essas balas perdidas?
Responde, silêncio cúmplice e covarde.
Ney Nunes
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