Partido Comunista da Grécia (KKE)
O governo grego, capitaneado pela Nova Democracia, está intensificando seus ataques e a repressão aos protestos populares que denunciam os crimes israelenses em Gaza e na Cisjordânia. Esses protestos expressam solidariedade ao povo palestino e exigem o fim de todo o apoio do governo grego ao Estado assassino de Israel, bem como o fim de todas as relações com ele (militares, políticas e econômicas).
Chegou até mesmo a ativar a lei antirracismo, que confirma as advertências do KKE de que, uma vez votada no Parlamento, acabaria se voltando contra o povo e suas mobilizações. A tentativa vergonhosa do governo e de outras autoridades de rotular qualquer pessoa que se manifeste em apoio à Palestina e denuncie os planos criminosos de Israel e seus aliados como antissemita continua em andamento.
O Ministro da Justiça, G. Floridis, sentiu a necessidade de defender os assassinos do povo palestino e a "aliança estratégica" da burguesia grega com Israel ao discursar no Parlamento. Ele chegou ao ponto de acusar aqueles que reagiram ao massacre de palestinos e participaram de manifestações de solidariedade ao sofrido povo palestino de "minar a aliança estratégica" com Israel e de trabalhar "em favor da Turquia"!
Uma resposta imediata foi dada tanto por Dimitris Koutsoumbas, o Secretário-Geral do Comitê Central do KKE, durante seu discurso no Parlamento, tanto quanto pelos parlamentares do partido, que mostraram fotos do massacre em Gaza e de crianças desnutridas morrendo de fome.
"E já que o Sr. Floridis está aqui, que hoje fez declarações inaceitáveis e desprezíveis, deixemos algo claro. Parem de tentar rotular as manifestações em solidariedade ao povo palestino como antissemitas. Parem com as prisões sob a inaceitável chamada lei antirracismo do governo de coalizão ND-PASOK, sobre a qual o KKE alertou na época e que revelamos que era destinada a ser usada dessa maneira", disse D. Koutsoumbas.
"Ninguém está sendo alvo por causa de sua nacionalidade ou religião. Afinal, há cidadãos israelenses e membros do Partido Comunista de Israel e da frente parlamentar que participam do parlamento israelense, há jornalistas e outros trabalhadores israelenses que são perseguidos pelo Estado assassino de Netanyahu por se posicionarem honestamente contra o genocídio do povo palestino. Esses cidadãos israelenses também são antissemitas?
Além disso, raramente vemos turistas indo para outro país e celebrando provocativamente enquanto agitam bandeiras e faixas gigantes, provocando trabalhadores gregos enquanto crianças estão sendo massacradas. Também estamos cientes das viagens de lazer organizadas em nosso país para os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) relaxarem antes de retornarem a Gaza para matar pessoas inocentes e prosseguir com o genocídio. E isso está acontecendo em um momento que seu sistema de justiça está aplicando sentenças brandas a racistas, fascistas e nazistas genuínos, como aqueles que atacaram membros do KKE e do KNE nas sedes do partido em Chania. O tribunal reconheceu circunstâncias atenuantes e "remorso", decidindo que eles não agiram como uma gangue, apesar da natureza do ataque falar por si. Só o seu sistema de justiça burguês cego não consegue ver isso, apesar da opinião contrária do promotor. A razão é óbvia: essas pessoas são os melhores lacaios do seu sistema e da sua política.
Em uma região como Creta, com suas bases americanas, escândalos, redes criminosas e grandes
empresários do turismo que exploram trabalhadores, vocês dão origem a esses capangas que atacam comunistas, militantes de vanguarda e qualquer um que se manifeste contra tudo isso.
É assim que os fascistas sempre foram. Como sempre, será o próprio povo grego que os mandará de volta para suas tocas, como já fez muitas vezes antes. Certamente não será o seu Estado de classe e antipopular, que os abriga e os liberta quando bem entende.
Não deixaremos esta questão sem resposta. A luta continuará até que os ideais de liberdade, justiça, antifascismo, igualdade e a abolição da exploração do homem pelo homem sejam justificados", concluiu o Secretário Geral do KKE.
Edição: Página 1917
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