Fonte: https://www.marxists.org/portugues/rodrigues/1985/anti-dimitrov/01.htm
Notícias e análises sobre temas históricos e da atualidade, abordando história, economia, política e relações internacionais a partir da perspectiva marxista-leninista e da luta dos trabalhadores pelo socialismo.
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
Proletariado e Pequena Burguesia
Fonte: https://www.marxists.org/portugues/rodrigues/1985/anti-dimitrov/01.htm
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Os Abutres Querem Mais
Ney Nunes
O governo Bolsonaro divulgou
esta semana uma lista de empresas estatais que pretende privatizar. É verdade
que já nos restam poucas. Os governos anteriores, principalmente Collor, Itamar
Franco e FHC, trataram de liquidar o patrimônio público, transferindo grandes
empresas por preços irrisórios aos investidores. Algumas dessas companhias,
considerando o valor dos seus bens e o potencial de lucros, foram verdadeiras
doações, como Usiminas, Vale do Rio Doce, Telebrás, CSN, Embraer e a LIGHT.
A lista divulgada, apesar de nela
constarem empresas do porte dos Correios e Eletrobrás, ainda assim, não agradou
aos capitalistas e seus lacaios, digo, porta-vozes. Na mídia burguesa os
analistas, todos neoliberais de carteirinha, lamentaram a ausência na lista divulgada
da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Para esses
abutres de aluguel, o governo Bolsonaro apresentou um pacote de privatizações
“desidratado”. Segundo eles, o ministro Paulo Guedes pretende privatizar tudo,
mas o presidente boquirroto está atrapalhando com suas hesitações.
![]() |
Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardemberg lamentaram o pacote "desidratado". |
Esses abutres não têm
qualquer constrangimento em repetir os mesmos argumentos desmoralizados que
levantavam em favor das privatizações nos anos noventa. Segundo eles, com
aquelas privatizações, tudo seria resolvido, sobrariam recursos para investir
em saúde, educação e segurança, a crise fiscal estaria resolvida e seria o fim
da corrupção. Decorridos quase trinta anos, absolutamente nada disso se
confirmou. O que, na verdade, se pode comprovar, é que os grupos empresariais
que abocanharam as estatais ganharam rios de dinheiro às custas do patrimônio
público e nenhum dos grandes problemas nacionais foi equacionado, pelo
contrário, se agravaram. O país, desde então, vem afundando mais ainda na
miséria, no desemprego e na corrupção.
Os saques ao patrimônio público, aos
recursos naturais e a retirada das conquistas sociais duramente conquistadas,
como direitos trabalhistas e de previdência social, fazem parte do receituário
neoliberal diante da aguda crise do capitalismo que se iniciou em 2008. Mesmo
com um traidor da pátria na presidência, disposto a cumprir à risca esse
receituário e colocar o Brasil a serviço dos interesses econômicos e políticos
dos EUA, os abutres não estão saciados. A pressa e a voracidade quanto ao
pacote de privatizações de Guedes/Bolsonaro, expressas pelos capitalistas e
seus lacaios diariamente na mídia burguesa, refletem bem o desespero de uma
classe dominante em total decadência.
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Gramsci sobre a Função do Reformismo
![]() |
Antonio Gramsci |
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
A vida, que é mais forte do que a morte.
![]() |
Julius Fucik |
Fonte: A Hora Obscura, p. 89, Expressão Popular, 1ª edição, 2001.
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
Quem Mandou?
Quem mandou esperar no ponto o ônibus passar?
Quem mandou a bala que acertou teu peito?
Agora não tem mais jeito...
Quem mandou tomar o café na janela?
Quem mandou ir na cozinha lavar prato e panela?
Quem mandou a bala que acertou tua cabeça?
Que ninguém te esqueça...
Quem mandou fazer hora extra?
Voltar tarde da noite de segunda a sexta?
Quem mandou a bala que te feriu de morte?
Quanta falta de sorte...
Quem mandou viver nesta cidade?
Quem mandou ter sonhos de felicidade?
Quem mandou essas balas perdidas?
Responde, silêncio cúmplice e covarde.
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
O mundo, a América Latina e o Brasil, na Opinião de um Comunista!
![]() |
Ivan Pinheiro |
domingo, 4 de agosto de 2019
Patrões e Gerentes
Ney Nunes
Examinando o perfil pessoal de José Sarney,
Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma Russef e Temer,
encontraremos traços distintos, variando entre a simpatia e a arrogância, a
prudência e o açodamento, a lealdade e o cinismo. Além desses, muitos outros
ainda poderiam ser atribuídos. As origens sociais também são as mais diversas,
nelas encontraremos desde o funcionário público, o intelectual, o operário e
até um playboy. No aspecto político, as trajetórias também guardam distância,
temos aqueles que serviram a ditadura e outros que fizeram oposição, uns eram
considerados de direita, alguns de centro e outros de esquerda.
Quando voltamos nossa atenção para o atual
presidente, verificamos que o seu perfil pessoal, social e político difere em
muitos aspectos dos antecessores. Temos hoje um presidente de personalidade
transtornada, adorador de torturadores e assassinos, obcecado por servir aos
EUA, despejando diariamente nas mídias verdadeiras diarreias verbais. Trata-se
de um ex-militar, quase expulso das fileiras do exército, que virou político
profissional e líder de um clã familiar de extrema direita. Mas apesar dessas
terríveis peculiaridades, ele também cumpre uma tarefa em comum com os
anteriores.
![]() |
A miséria permanece e se expande. |
Quanto a tarefa em comum, esta é designada
pelos verdadeiros donos do poder, o grande empresariado e seus sócios
imperialistas. Ela consiste no
gerenciamento do sistema político, promovendo o essencial, ou seja, a
continuidade do capitalismo e sua máxima rentabilidade. Nisso reside a
diferença fundamental entre o patrão e o gerente, o primeiro determina o
objetivo, ao segundo cabe encontrar os meios de alcançá-lo. Não cultivemos
ilusões, para os verdadeiros donos do poder, desde que o objetivo seja
alcançado, pouco importam quais sejam os gerentes e os meios utilizados.
Às favas os patrões e os gerentes!