Coletivo Cem Flores
02.10.2024
No final de setembro, Israel e seu governo fascista intensificou os ataques militares ao Líbano buscando generalizar a guerra para toda a região do Oriente Médio. Já são mais de mil mortos e um milhão de refugiados, ao mesmo tempo em que os territórios palestinos são devastados com o apoio norte-americano.
Na semana passada, nos Estados Unidos, ocorreu mais uma assembleia geral da organização das nações unidas. Com o cínico tema “Não deixar ninguém para trás: Agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”, o evento na realidade foi um palco para os líderes políticos burgueses de todo o mundo expressaram a real situação do sistema imperialista hoje: um sistema atolado em profundas contradições e em plena escalada militar. Em vez de avanço da paz, o capital só tem a oferecer o avanço da barbárie.
Um exemplo claro da absoluta inutilidade dessa organização apodrecida e da profundidade da barbárie imperialista nos tempos atuais é o conjunto de ações do estado sionista de Israel no último período. Além contínua tentativa de genocídio do povo palestino, expresso no massacre perpetrado nos últimos meses na Faixa de Gaza (mais de 50 mil palestinos mortos, principalmente mulheres e crianças), Israel, com o apoio militar, econômico e político dos EUA, avança agora contra os libaneses, ampliando a guerra. Após assassinar Ismail Haniyeh, líder do Hamas responsável pelas negociações com Israel (deixando claro que aos sionistas não interessa a paz e muito menos resolver a questão dos reféns presos pela resistência palestina), avança contra a população do Líbano com explosões aleatórias de aparelhos eletrônicos (milhares de pagers e walkies-talkies, com centenas de mortos e feridos), toneladas de bombas em áreas civis de várias cidades, incluindo Beirute (mais de mil mortos em uma semana), e o assassinato dos dirigentes do Hezbollah, entre os quais o secretário geral Hassam Nasrallah (a ordem do assassinato foi dada por Netanyahu quando participava da assembleia da ONU). A intenção de Israel está evidente: manter e expandir a guerra por todo o Oriente Médio. E o imperialismo norte-americano, mesmo não concordando totalmente com todas e cada uma das ações do governo fascista israelense, em nenhum momento vacilou ou vacilará no apoio ao seu principal aliado na região.
A segunda e já esperada resposta do Irã, potência regional atacada várias vezes por Israel nos últimos meses, ocorreu na noite de 1º de outubro, com o lançamento de centenas de mísseis em direção ao território israelense. Vários alvos foram atingidos e as declarações de Israel e dos EUA apontam para uma escalada ainda maior, ampliando a possibilidade de um conflito de dimensões globais.
Fonte: https://cemflores.org/2024/10/02/o-imperialismo-e-crise-exploracao-destruicao-e-guerra/
Edição: Página 1917
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