Ney Nunes
28/07/2023
Eles
juram fidelidade à revolução, ao socialismo e ao comunismo.
Declaram-se anticapitalistas e anti-imperialistas. Porém, quando
cotejamos o discurso com a prática, vemos que a diferença é gigantesca. Não passam de meros ilusionistas.
Como
ser fiel a revolução e a causa do socialismo, quando, ao mesmo
tempo, estão a reboque de facções burguesas, fazendo causa comum
na defesa da farsesca democracia e suas instituições reacionárias?
Seguem obedientes ao calendário eleitoral na expectativa de eleger
um parlamentar ou garantir, vendendo apoio, alguns carguinhos em
gabinetes reformistas?
Que
anticapitalismo fantoche é este, limitado à crítica ao
neoliberalismo, apresentado como o “mal maior” que poderia ser
mitigado por um capitalismo estatista ou desenvolvimentista? Desde
quando apoiar potências ou alianças capitalistas em conflito é ser
anti-imperialista? Dessa forma, renegam o materialismo dialético e a história da
luta de classes, fazem coro com facções das suas respectivas
burguesias e compactuam assim com a gestão da barbárie.
Onde
imaginam fazer a revolução? No seio da pequena-burguesia? No
funcionalismo público? Nas mesinhas de bar e nos hotéis bancados pelo
parasitismo sindical? Em convescotes acadêmicos? No atoleiro
pós-moderno do identitarismo? É justamente aí nesse gueto
pequeno-burguês, onde vivem e proliferam concepções degeneradas de um pseudo-marxismo, ao qual devemos combater sem tréguas.
Uma coisa é certa, quanto mais distantes desses ilusionistas, mais próximos estaremos da revolução e do socialismo.
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