Igor Barradas
Capitalismo: concentração de renda e aumento da miséria |
INTERNACIONAL – De acordo
com a Organização Não Governamental Oxfam, os ricos ficam cada vez mais ricos e
os pobres ainda mais pobres. O relatório “Lucrando com a dor”, divulgado este
mês, mostra que 573 novos bilionários surgiram desde o início da pandemia, 40
deles vindos da indústria farmacêutica.
Enquanto essa oligarquia
leva uma vida luxuosa, 99% da população mundial perde renda, vive em situações
desumanas de fome, miséria, dor e falta de habitação.
De fato, nos últimos dois
anos, a renda dos bilionários cresceu 42%, enquanto os 40% mais pobres perderam
6,7% dos seus ganhos.
O estudo também revela que
várias empresas lucraram com a morte das pessoas na pandemia. A rede de
supermercados WalMart, as empresas petrolíferas Shell, Total Energies, BP,
Exxon e Chevron, as de tecnologia Apple, Microsoft, Tesla, Amazon e Alphabet e
as farmacêuticas Pfizer e Moderna foram algumas que aumentaram suas riquezas
enquanto milhões de seres humanos morreram por falta de vacina e condições
dignas de vida.
Capitalismo é lucro para
poucos e pobreza para muitos
Nenhum desses bilionários
trabalhou duro para conseguir suas fortunas. Ao contrário, eles acumulam
riqueza por meio da exploração da mais-valia dos operários e do saque dos
recursos naturais dos países pobres. Ou seja, são ricos porque roubam o
excedente de valor que os trabalhadores criam e exploram povos e nações dependentes.
Essa fonte de lucro é o que os transforma em verdadeiros parasitas da
sociedade.
No outro extremo, 263
milhões de pessoas estão em situação de pobreza crônica. A desigualdade
social produzida pelo capitalismo é tão profunda, que uma pessoa que está entre
os 50% mais pobres demoraria cerca de 112 anos para ter o que um integrante dos
1% mais ricos recebe em apenas um ano.
Esses números revelam que a
burguesia é a maior inimiga da Humanidade e mantém seu domínio à custa de
guerras, repressão e violência. Mas o capitalismo não é eterno. Os
trabalhadores, os povos explorados e a juventude podem – e devem – acabar com
essa farra dos super-ricos e demolir este sistema decadente, derrotar os
bilionários e construir uma nova sociedade, o socialismo, primeira etapa para
um mundo sem ricos nem pobres, o comunismo.
Edição: Página 1917
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