As últimas notícias dão conta de um possível afastamento do governador Pezão (PMDB), fruto do agravamento da crise política na sua própria base de apoio na ALERJ. O governador, antigo parceiro do hoje presidiário Sergio Cabral (PMDB), é, sem dúvida, um dos maiores culpados pela atual situação calamitosa que vive o estado, mas é óbvio que a tragédia toda é responsabilidade de muitos outros personagens.
A falência e o descalabro administrativo do Rio de Janeiro foram obras de uma ampla articulação política, inciada ainda no governo Marcelo Alencar (PSDB) em 1994. A partir daí, em consonância com o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, praticamente todos os serviços essenciais foram privatizados e loteados entre as máfias burguesas locais. Essas máfias representadas no PMDB, PSDB, DEM, PP, PT, PDT, PC do B e outros, compartilharam do poder estadual. São mais de vinte anos de desgoverno, corrupção desenfreada e desmonte dos serviços públicos.
O auge do saque ao patrimônio público se dá na gestão corrupta do ex-governador Sérgio Cabral e do seu fiel aliado na ALERJ, Jorge Picciani (PMDB). Não esqueçamos que Cabral contou com o apoio de praticamente toda a mídia, das entidades empresariais, da cúpula do judiciário, de líderes religiosos, além de muitos intelectuais e artistas. Foi tempo de festa, Copa do Mundo e Olimpíadas, a farra não teve limites. A conta dessa farra macabra ficou nas costas dos servidores estaduais e do povo trabalhador do Rio de Janeiro.
Não devemos nos iludir, a resolução dessa crise em favor da maioria do povo do nosso estado, só será possível a partir de um poderosa mobilização popular que consiga o afastamento do governador Pezão e de toda a corja dos seus comparsas na ALERJ e nos cargos de confiança do executivo estadual. São todos eles participantes desse conluio de mafiosos e deveriam fazer companhia, o quanto antes, ao seu chefe Sérgio Cabral.
Ney Nunes
Ney Nunes
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