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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Pezão Não Pode Sair Sozinho

       As últimas notícias dão conta de um possível afastamento do governador Pezão (PMDB), fruto do agravamento da crise política na sua própria base de apoio na ALERJ. O governador, antigo parceiro do hoje presidiário Sergio Cabral (PMDB), é, sem dúvida, um dos maiores culpados pela atual situação calamitosa que vive o estado, mas é óbvio que a tragédia toda é responsabilidade de muitos outros personagens.


     A falência e o descalabro administrativo do Rio de Janeiro foram obras de uma ampla articulação política, inciada ainda no governo Marcelo Alencar (PSDB) em 1994. A partir daí, em consonância com o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, praticamente todos os serviços essenciais  foram privatizados e loteados entre as máfias burguesas locais. Essas máfias representadas no PMDB, PSDB, DEM, PP, PT, PDT, PC do B e outros, compartilharam do poder estadual. São mais de vinte anos de desgoverno, corrupção desenfreada e desmonte dos serviços públicos.
      O auge do saque ao patrimônio público se dá na gestão corrupta do ex-governador Sérgio Cabral e do seu fiel aliado na ALERJ, Jorge Picciani (PMDB). Não esqueçamos que Cabral contou com o apoio de praticamente toda a mídia, das entidades empresariais, da cúpula do judiciário, de líderes religiosos, além de muitos intelectuais e artistas. Foi tempo de festa, Copa do Mundo e Olimpíadas, a farra não teve limites. A conta dessa farra macabra ficou nas costas dos servidores estaduais e do povo trabalhador do Rio de Janeiro.
        Não devemos nos iludir, a resolução dessa crise em favor da maioria do povo do nosso estado, só será possível a partir de um poderosa mobilização popular que consiga o afastamento do governador Pezão e de toda a corja dos seus comparsas na ALERJ e nos cargos de confiança do executivo estadual. São todos eles participantes desse conluio de mafiosos e  deveriam fazer companhia, o quanto antes, ao seu chefe Sérgio Cabral. 

Ney Nunes



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