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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Octavio Brandão - 125 anos

Octavio Brandão*

     O movimento popular em 1930 e as forças armadas fizeram muito bem derrubando o governo falido de Washington Luiz. Infelizmente, não houve nenhuma verdadeira revolução em outubro de 1930.

Octavio Brandão e Minervino de Oliveira.


     A revolução é uma nova classe, progressista, no poder. É a ruptura total, violenta e definitiva com o passado morto. É a mais ampla e a mais profunda transformação econômica e financeira, política e social, moral e ideológica, militar e jurídica. É o mais vasto movimento operário, camponês e popular. Impulsiona o desenvolvimento da sociedade. Cria o novo. Destrói o que é velho, caduco, obsoleto, na própria base, raiz, essência.

     A revolução nunca é estagnação. Nunca é uma volta ou tentativa de volta ao passado historicamente morto. Nunca é um deslocamento de títeres das classes dominantes – os escravistas da Antiguidade, os senhores feudais da Idade Média, os capitalistas na Idade Contemporânea.

* (Viçosa, 12 de setembro de 1896 — Rio de Janeiro, 15 de março de 1980) Foi um dos precursores da luta pela reforma agrária no país, logo após romper, aos 16 anos de idade, com o catolicismo nas Alagoas do início do século XX. Ao escrever o livro Canais e Lagoas, entre 1916 e 1917, sobre o complexo lagunar Mundaú-Manguaba, também em seu estado natal, poderia ser visto como um dos primeiros ecologistas brasileiros. Em 1923, traduziu da versão francesa preparada por Laura Lafargue a primeira edição do Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels. Em 1925, participou da criação do jornal A Classe Operária, órgão do Partido Comunista do Brasil (PCB) – que ajudava a construir integrando a sua direção. Ao ser eleito, em 1928, pelo Bloco Operário e Camponês (BOC) para o Conselho Municipal da cidade do Rio de Janeiro, tornou-se um dos primeiros representantes comunistas em um órgão representativo do país. (Marxismo 21)

Fonte: Combates e Batalhas; Editora Alfa-Omega; 1978.

Edição: Página 1917.




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