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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Uma Perigosa Agonia

   Ney Nunes

     Os indícios de que a atual crise capitalista, iniciada em 2008, pode ser mais destrutiva do que as recorrentes crises cíclicas desse sistema são cada vez mais significativos. Há uma década, as principais economias do mundo oscilam entre a recessão e débeis períodos de recuperação. Os efeitos sociais dessa situação se fazem sentir no mundo todo, ainda que, de maneira desigual. Nos chamados países pobres, ou intermediários, o desemprego crônico marginaliza um contingente enorme da população, condenado a viver em guetos e sem acesso aos serviços públicos essenciais. Até nos países ricos está crescendo o percentual de pessoas vivendo na miséria. Nada indica uma reversão desse quadro, pelo contrário, mesmo analistas econômicos da mídia burguesa cogitam para breve um novo agravamento dessa crise. 


Crianças nos escombros depois de um bombardeio nazista, Londres, setembro de 1940.

   Nesse contexto, o perigo da humanidade ser arrastada para a saída clássica das grandes crises do capitalismo começa a aumentar perigosamente. O risco dos atuais conflitos localizados se transformarem numa conflagração de caráter mundial não pode mais ser ignorado. Vivemos uma nova corrida armamentista e um recrudescimento das intervenções políticas e militares das nações imperialistas, envolvidas numa acirrada disputa sobre áreas de influência, mercados e recursos naturais.
   Na época da sua decadência agônica, o capitalismo torna-se mais virulento, empurrando a humanidade para a barbárie da guerra. As burguesias imperialistas e dos países periféricos não têm nada a oferecer as grandes massas populares, a não ser mais miséria e exploração. O governo da burguesia é um entrave a qualquer saída favorável à humanidade. Se queremos paz e justiça social, precisamos retomar o caminho de um poder proletário e socialista. Essa é a única possibilidade de evitarmos uma nova hecatombe mundial

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