Ney Nunes
Os indícios de que a atual
crise capitalista, iniciada em 2008, pode ser mais destrutiva do que as recorrentes
crises cíclicas desse sistema são cada vez mais significativos. Há uma década,
as principais economias do mundo oscilam entre a recessão e débeis períodos de
recuperação. Os efeitos sociais dessa situação se fazem sentir no mundo todo,
ainda que, de maneira desigual. Nos chamados países pobres, ou intermediários,
o desemprego crônico marginaliza um contingente enorme da população, condenado
a viver em guetos e sem acesso aos serviços públicos essenciais. Até nos países
ricos está crescendo o percentual de pessoas vivendo na miséria. Nada indica
uma reversão desse quadro, pelo contrário, mesmo analistas econômicos da mídia
burguesa cogitam para breve um novo agravamento dessa crise.
Crianças nos escombros depois de um bombardeio nazista, Londres, setembro de 1940. |
Nesse contexto, o perigo da
humanidade ser arrastada para a saída clássica das grandes crises do
capitalismo começa a aumentar perigosamente. O risco dos atuais conflitos
localizados se transformarem numa conflagração de caráter mundial não pode mais
ser ignorado. Vivemos uma nova corrida armamentista e um recrudescimento das
intervenções políticas e militares das nações imperialistas, envolvidas numa
acirrada disputa sobre áreas de influência, mercados e recursos naturais.
Na época da sua decadência agônica, o
capitalismo torna-se mais virulento, empurrando a humanidade para a barbárie da
guerra. As burguesias imperialistas e dos países periféricos não têm nada a
oferecer as grandes massas populares, a não ser mais miséria e exploração. O
governo da burguesia é um entrave a qualquer saída favorável à humanidade. Se
queremos paz e justiça social, precisamos retomar o caminho de um poder
proletário e socialista. Essa é a única possibilidade de evitarmos uma nova
hecatombe mundial
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