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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Arrastando a Múmia

        Muitos se perguntam, o que segura Michel Temer no cargo? Um notório corrupto, repudiado e desprezado pela esmagadora maioria do povo, ainda assim, essa múmia segue no governo juntamente com seus comparsas.

    A questão é que o bloco das facções burguesas e do imperialismo, ao promoverem a remoção da presidente eleita, formaram uma aliança efêmera, ancorada exclusivamente na retirada dos direitos trabalhistas e previdenciários, privatização do que resta das estatais e no corte dos investimentos sociais, essas medidas foram implementadas em parte, ficaram de fora as privatizações e a reforma da previdência. Tanto é assim, que faltando quatro meses para as eleições, esse bloco não logrou se unificar em torno de uma candidatura presidencial.  


Uma figura repudiada pela maioria esmagadora do povo brasileiro.

    A resultante disso foi a continuidade da crise econômica e social, fermento para a crise política que não para de se agravar na sequência das denúncias de corrupção envolvendo os partidos que dão sustentação à democracia burguesa.

    Considerando o descrédito das suas lideranças, a maioria delas está presa ou respondendo a processos, fica cada vez mais difícil articular uma saída eleitoral estável do ponto de vista burguês. Esse é o dilema atual das mais poderosas facções burguesas. Diante dele, talvez estejam na iminência de ter que apelar para um novo "Collor", dessa vez piorado: o fascista Bolsonaro.

     Mas, por enquanto, seguirão arrastando a múmia.

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