Ney Nunes
A mais recente ameaça, enviada através de uma carta do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao governo Lula, comunicando a imposição da tarifa de 50% aos produtos brasileiros, agitou os meios políticos, empresariais e midiáticos em todo o país. Ela se insere no contexto da persistente crise da economia capitalista que se arrasta desde 2008 com o estouro da bolha imobiliária norte-americana e das suas consequências, entre as quais, a mais determinante é a crescente e acirrada disputa interimperialista entre as principais potências mundiais.
A imposição de sanções econômicas e o protecionismo desenfreado fazem parte do arsenal da disputa pela hegemonia no sistema imperialista. A União Europeia e os EUA vêm fazendo uso desse arsenal com cada vez mais intensidade, configurando a antessala do conflito bélico mundial que se desenha no horizonte geopolítico. Não por acaso, os gastos militares das grandes potências apresentaram vertiginosa subida nos últimos anos e os planos são de continuarem aumentando, num claro preparativo para a próxima etapa da disputa interimperialista.